Eu a encarava mais uma vez antes que ela pudesse finalmente partir. O rosto de Allison era incrível, como uma pintura até. Sinto o impulso na cama, ela estava se levantando, calçando seu tênis branco, e em seguida colocando o meu moletom vermelho.
— Vou roubar isto de você.
Ela disse, enquanto ria baixo. Tinha medo de que acordasse meus pais, que dormiam no quarto ao lado. Me sento com a visão embaçada, ainda tentando me acostumar com o fato de que precisava acordar. A observo um pouco mais.
— Fica melhor em você.
Olho para o relógio desta vez, já eram por volta de 6:30 da manhã. Nós tínhamos escola daqui há 30 minutos, e tudo em que eu pensava era a trazer de volta para cama. Mas como a vida não é um morango, vou até o banheiro do meu quarto e procuro a escova de dente.
— Vou ter que sair agora se não vou me atrasar mais ainda. — ela diz, pegando a mochila. — Te vejo daqui uns minutos.
— Cuidado com as câmeras.
A aviso, de um jeito estranho por conta da pasta de dente em minha boca. Penso na fantasia que estava perto, os 18 anos!
Quando eu finalmente poderia sair de casa e ir para uma faculdade bem longe, aonde meus pais não vão ter controle algum da minha vida. Meus pais são um caso inexplicável mas típico elite. Não se amam mais há anos, apenas convivem pela a reputação e os negócios, ah, os negócios! Esses, você não pode mexer. Não faça nada que atrapalhe os negócios, ou eles mandam te matar e em um piscar de olhos você está enterrado no meu jardim enorme.
Eu juro que estou sendo irônico, mas não dúvido que isto pode acontecer.Após tomar o banho mais rápido possível, eu escuto o toque na minha porta. Todo santo dia, aquele toque, que significava que o café da manhã já estava pronto na mesa. Coloco o uniforme e desço as escadas até a sala de jantar, aonde se encontra o café.
— Bom dia, Mel. — digo para a empregada.
— Nós não ganhamos um bom dia? Aonde estão seus modos?
Escuto da minha mãe, que estava ali sentada na mesa enorme ao lado de meu pai, que lia seu jornal sem ao menos ligar para o que ela dizia.
— Não vai dar pra comer, estou atrasado. — ignoro o que ela disse.
Sabia que ela iria falar algo, antes que pudesse, dou as costas e saio correndo até a porta. Atravesso o jardim e observo a câmera perto da minha janela que foi instalada recentemente. Em seguida entro no carro e o motorista começa seu trajeto até o colégio.
Eu já tinha um plano para isso tudo. Já sabia até a quem pedir o favor. O único problema é que vai ser difícil convencer Allison de que é uma boa ideia. Escuto meu celular vibrar, e logo vejo que é Scott.
— Já sei que estou atrasado. Eu tenho relógio, Scott. — digo, olhando a vista da janela.
— Allison pediu que eu ligasse. — revirou os olhos para a garota, que o observava falar no celular. — Seus pais estão olhando seu celular agora?
Scott é o meu melhor amigo. Sem dúvidas, um filha da mãe! Ele pode ser um bom amigo mas todos que estão ao seu redor sabem que ele pode ser um pouco difícil de conviver.
— Não, ela deve estar sem crédito e está com vergonha de te dizer.
Não era como se Allison fosse pobre, era classe média. Mas com o dinheiro que seus pais gastavam só neste colégio e com as contas que precisavam ser pagas, muitas vezes ela não tinha como dar prioridade para outras coisas.
— Então, já contou a sua grande ideia para ela?
Escuto a voz de Allison no fundo perguntando "Que diabos de grande ideia?", pressiono vista, minha cabeça começa a doer. Ela era o tipo de garota que o ciúmes não tinha fim. Com certeza para ela aquilo não seria uma boa ideia.
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Promiscuous
Teen FictionStiles e Lydia são amigos de infância. Após o término da amizade, Lydia segue um rumo não tão diferente de Stiles e traumas são feitos. Eles decidem se reencontrar para fingir um namoro para aliviar a pressão dos pais bem sucedidos. Com muito ódio...