Quatro em ponto.

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E no final do dia, ela se sentava em uma mesa vazia para tomar café, sozinha com seus pensamentos mais impuros e sujo, pois não acreditava na fé, na fé que um dia ele voltaria.

Ela repetia esse ritual todo dia as 16 e ponto, sentava as vezes em mesas diferentes, mas nunca com objetivos opostos. Ela sabia que ele não iria voltar, mas precisava estar ali para conseguir provar.

Então um dia ela decidiu ir mais cedo, pegou o cardápio e decidiu mudar seu desejo, dessa vez era chá ao invés de café, dessa vez era o mar que a encarava demais.

Ela se soltou, soltou risadas sob as crianças levadas, soltou lágrimas sob as canções cantadas, soltou sua raiva quando percebeu que aquela não seria uma boa vitória gravada.

Ela gostou de sair e aproveitar, ela gostou de descobrir coisas que jamais pensaria em pensar. Ela voo sem pensar em voar, ela sonhou por pensar em sonhar e no fim...

Ele sempre esteve lá.

Sorrindo de longe, apreciando a noite, pois nunca souberam ao certo que horas deveriam se encontrar.

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