Ela nunca soube quando pedir desculpas e mesmo quando tentou falar, sentiu culpa por se desculpar.
Ela ouvia coisas difíceis de se ouvir, falava coisas difíceis de se contar, vestia máscaras difíceis de se vestir, usava personalidades para tentar se encaixar.
Testemunhava contra o mal que a derrubava.
Ela nunca soube quando pedir desculpas porque ninguém nunca veio a se desculpar.
Por toda dor, por toda flor, por toda marca roxa causada pela sua cor.
Por toda música mal escrita, por todo poema recitado, por todo abraço frouxo ou demais apertado.
Por tudo que ela pediu pra parar.
Ela não sabia se desculpar e achou conforto nisso.
Se a achassem mal educada, não haveria com o que se preocupar. Ninguém conversaria, andaria ou então a machucar.
Ela se desculpou em um único dia e foi nesse dia que decidiu o mundo não respeitar.
Ela se desculpou no último dia que o mundo a deixou de cuidar
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Terceiros
PuisiCompilados de poemas/histórias que podem ou não fazer sentido, mas posso garantir que são baseados em sentimento. Se confundem enquanto leem e talvez se identifique.
