É como se ele sempre soubesse
Sempre soubesse quando mandar a mensagem errada, sempre soubesse quando eu não precisava de nada, sempre soubesse que a vida é uma piada.
É como se tudo fosse sobre ele, mas no final sempre foi sobre suas palavras.
Eu sabia o que dizer, porque dizer e como dizer, ele sabia exatamente como fingir que nada disso tinha propósito.
Eu sabia que era necessário, ele sabia ser feito de palhaço.
Eu sabia cantar, ele dançar, mas não somos um espetáculo.
É como se nada disso fosse sobre ele e sim sobre mim, é como se eu sempre usasse tópicos do português pra esconder o que jamais mostrei.
Eu finjo que sei rimar, eu finjo que sei recitar, eu finjo, eu sinto.
É como se nada fosse tão certo quanto ele é.
É como se a vida não quisesse me gostar.
É como se a vida já soubesse que eu devo aprender a me controlar e eu não sei me controlar. Eu não consigo me controlar, quem pode me controlar?
Eu levanto a voz, justifico com "Preciso", eu me escondo atrás dos meus motivos, mas ninguém parece se importar.
É como se eu quisesse ser ouvida...
Porque talvez eu realmente queira ser ouvida, mesmo sem saber falar, sem saber por onde começar, sem saber se sequer irá terminar.
É como se eu tivesse muito a falar.
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Terceiros
ŞiirCompilados de poemas/histórias que podem ou não fazer sentido, mas posso garantir que são baseados em sentimento. Se confundem enquanto leem e talvez se identifique.