O conflito

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Vamos para o quarto, encontramos Olivia acordada e a enfermeira colocando soro. Ela se retira. Carol já está sentada ao lado dela, eu, Júlio Cesar e Victor ficamos na frente da cama.

- Você está bem, querida. Minha irmã pergunta.

- Somente um pouco de dor de cabeça, mas o médico disse que devido a crise de enxaqueca, mas e os meninos estão bem? Ela fala.

- Não se preocupe, eles nos contaram que você disse que era uma brincadeira de polícia e ladrão, eles estão bem.  Carol conta.

- Deixamos com a vizinha amiga nossa, ela tem dois filhos, já estão descansando. Júlio Cesar fala.

- Fico muito feliz, não quis traumatizá-los. Minha mãe onde está?

- Ela está sedada, diagnosticada com Transtorno de estresse pós- traumático, o que a leva a ter surtos psicóticos contra você, mas amanhã ela será avaliada por psiquiatra. Victor disse os que médicos relataram.

- Ela está sofrendo muito, por isso... antes que ela termine eu digo.

- Não começa, Olívia. Sua mãe quase te matou, ainda vai manter esse discurso.

- Fernando... ela tenta retrucar.

- Ela quase machucou meus sobrinhos e terceiros, fora que atirou em você, ela está doente, precisa ser interditada porque não está em condições de cuidar de si mesma, então você deve tomar essa decisão.

- Fernando, ela é minha mãe. Ela indaga.

- Por esse motivo deve fazer isso.

- Ela está sofrendo, devemos ajudar e não interdita-la.

- OLÍVIA, PARA COM ESSA PORRA! Fico irritado.

- Fernando, para com isso. Minha irmã fala.

- Ela não está entendendo que quase morreu pelas mãos da própria mãe. Ela fica agindo com esse altruísmo, que não vai ajudar em nada, pelo contrário cada vez mais a coloca em perigo e agora terceiros também , acho melhor ela cair em si resolver essa situação de uma vez. Que ela sofre com luto todo nós sabemos, mas isso não justifica machucar outras pessoas, inclusive a própria filha, o que você faria se ela tivesse machucado meus sobrinhos ou um inocente, hein! Me diga, Olivia.

- Eu não iria aguentar, mas...

- Mas nada, se você não tomar uma atitude, EU VOU!

- Fernando,.... Ela tenta falar, mas começa a chorar.

- Suas lágrimas não vão mudar minha decisão, ou você interna sua mãe ou eu vou mover céus e terra para colocá-la em um hospital psiquiátrico. Você decide. Vou para casa, amanhã venho para te buscar, boa noite.

Chego em casa, tiro a roupa e entro debaixo do chuveiro. Me abaixou, água cai sobre a minha cabeça, fechou os olhos e me lembro do carro capotando e dela presa no volante . Meu coração dispara, meu corpo treme, sinto falta de ar, sei que uma crise. Me levanto e desligo o chuveiro. Tento me controlar, mas não consigo. Me enrolo na toalha, meu corpo não consegue reagir aos meus comandos para parar. Consigo chegar na cama, pegar os remédios, tomo sedativo e me deito. Tento respirar fundo e me acalmar. Meu corpo começa a diminuir as reações, olho para teto e de repente tudo fica escuro.

Tenho uma pesadelo em Valentina e Olívia estão de frente um grande abismo, elas caminham de mãos dadas, eu as chamo, mas elas continuam andando, cada vez mais próxima da ribanceira, eu corro para alcança-las, mas elas caem. Eu acordo com falta de ar e coração disparado. Vou para sala e ligo a televisão. Vejo o dia amanhecer, minha cabeça fica a imagem da Olívia. Recebo a mensagem sobre operação Potiguar, seria foi adianta para hoje, então vou para viagem para Amazonas será 30 dias longe de Brasília.

Troco de roupa e pego minha bolsa de viagem que já estava pronta e vou para prédio da Policia Federal para finalizar uns documentos e conversar com Victor.

ALGEMADO EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora