Ela se foi!

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Fernando Fontes

Algumas horas atrás....

Ela não estava no nosso apartamento. Vou procurar na praça próxima. Carol e Carmen resolveram ir até o hospital onde sua mãe está internada. Elas me ligam.

- Oi, Fernando. Ela também não está aqui, falaram que ela esteve aqui ontem.

- Onde será que ela está? Será que ela está no autódromo?

- Pode ser, Fernando. Carol diz.

- Vamos para lá. Digo.

- Ok.

Estou pelas ruas próxima ao apartamento. Em poucos minutos chegamos no estacionamento do autódromo. Carol e Carmen já chegaram. Nós nos encontramos.

- E aí, ela está aqui? Pergunto.

- Nada, Fernando. Está tudo fechado.

- Não sei o que fazer. Falo

- Talvez seja melhor, você ir para sua casa e aguardar ela voltar? Não tem sentido ficar procurando. Felipe diz.

- Verdade, Fernando. Vamos esperar na sua casa.

- Estou muito preocupado. Algo me diz que ela está em perigo. Me baixo e bagunço meu cabelo.

- Vem, Fernando. Levanta. Vamos para sua casa. Carmen fala.

Estamos entrando no carro. Resolvo ligar novamente para ela. O número toca três vezes e atende.

- Alô, Olivia, onde você está, meu amor?

- Aqui não é a Olívia. Sou barman da onde ela está, atende porque um homem ruivo pagou a conta e disse que vai levá-la para casa, mas não confiei nele, mas não posso me intrometer, pois o gerente está de olho. Sorte que ele não viu que ela deixou telefone no balcão. Ela está bêbada.

- Obrigado, onde é esse bar?

Ele passa o endereço, entro no carro. Digo para Victor.

- Ela está nesse bar. Mostro o endereço para Victor.

- Vamos. Felipe diz.

Ele sai do estacionamento do autódromo em direção ao bar. Na minha mente fica a frase " homem ruivo". Penso alto.

- Só pode ser cabeça de ferrugem.

- Quem está falando, Fernando? Felipe pergunta.

- O barman disse que ela está bêbada, e que um homem ruivo pagou a conta e disse que a levaria para casa. O único ruivo que está na vida de Olívia e seu chefe.

- Será que é ele? Victor pergunta.

- Tenho certeza. Digo.

Victor acelera o carro. Em alguns minutos chegamos no lugar. Quando entramos no estacionamento, os faróis iluminam a cena que eu não gostaria de ver. Pierre Leroux puxando Olívia pelos cabelos, ela está sem blusa, somente de sutiã. Não deixou o carro parar, saio em movimento. Eu grito:

- Tira suas mãos malditas de cima dela, seu desgraçado.

Ele solta os cabelos dela. Ela não consegue se levantar. Tiro o blazer e a cubro. Minhas irmãs chegam e tiram ela de perto de mim. Neste momento tiro minha arma da cintura e a ponto para Pierre.

- Agora você vai se ver comigo. Ela grita, se solta dos braços de Carol, corre e me abraça.

- Ele não vale a bala do seu revólver. Olho para ela decepcionado, pois até neste momento ela defende o desgraçado. Ela diz.

ALGEMADO EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora