Assim que Gabe caiu no sono, faço que havia informado. Pego minhas roupas, tomo um banho e durmo em meu quarto.
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Vou para a sala ao acordar, ainda esfregando os olhos e cansada. Gavin já está de volta, terminando de colocar a mesa do café da manhã.
- Bom dia, Amelie. Você sumiu ontem, aconteceu alguma coisa?
Puxo a cadeira a sua frente para me sentar.
- Passei mal e voltei para casa - Minto.
- Tudo bem agora? - Assinto.
Estou tão sonolenta que só noto a presença de Gabe quando me sento e tomo um gole de café. O rapaz está estirado no sofá jogando o que parece ser Good Of War, quanto consto isso, engasgo com a bebida. Talvez não estivesse pronta para vê-lo ainda, mas o fato de morarmos juntos não me dava outra alternativa. Vê-lo de relance, concentrado na TV, só fazia as memórias da noite passada ocuparem meu pensamento.
- Opa! - Meu irmão fala, com um meio sorriso, enquanto me recupero - Vai com calma. Ei, Gabe, sua torrada ficou pronta! - Grita.
Tomo um novo gole de café, pegando uma panqueca que estava no prato.
- Você cozinhou? - Franzo a testa. Gavin sorri, satisfeito consigo mesmo.
- Porque você acha que fiz torradas - Gabe fala, passando ao meu lado e voltando em segundos para se sentar a mesa, com sua torrada em um prato.
Meu irmão o empurra com o ombro e resmunga alguma coisa. Não consigo ouvir, com toda minha atenção voltada para Gabe. Seu mullet um pouco bagunçado, onde tanto tracei as mãos na noite anterior, seus olhos castanhos sem o desejo de antes e a boca que agora dá um meio sorriso, mas me beijava poucas horas atrás.
Provo a panqueca de Gavin, sendo surpreendida pelo sabor. Meu irmão olha para mim, ansioso pelo meu veredito, porém é o peso do olhar do outro rapaz que me atinge.
- E ai?
- Não está tão ruim - Concluo - Está melhor que sua outra tentativa feita a alguns meses lá em casa. Acho que seria bom você provar, Gabe.
Nos olhamos e posso sentir que alguma coisa mudou, esse fato faz cócegas em minha barriga.
É um pouco complicado fingir que nada aconteceu entre nós, como se ontem simplesmente não tivesse tido o melhor sexo da minha vida e que meu corpo não estava dolorido, por tê-lo sentido em todas as minhas partes.
- Se você diz, então vale a pena tentar - Abre um sorriso fraco. Tira o garfo das minhas mãos e roupa um pedaço da panqueca, colocando em sua boca.
Essa ação não tinha absolutamente nada de sexual, ele nem sequer estava olhando para mim, ainda sim quando vi o lamber o caldo em seus lábios, meus pensamentos se voltam para outra coisa.
Engulo em seco.
- É, até que está comestível dessa vez. Mas continuo pensando que o melhor é deixar os doces com sua irmã - Ele devolve o garfo para mim.
- Nunca entendi como você consegue fazer coisas tão gostosas - Meu irmão me encara, parecendo indignado.
Tomo um novo gole de café.
- Ela tem um dom com as mãos.
Engasgo mais uma vez, escutando a fala de Gabe. Uma frase inocente, mas facilmente de duplo sentido.
- Caramba, é melhor você ficar longe do café! - Gavin tira a xícara de perto de mim, com a testa franzida.
Acho que Gabe percebe o motivo da minha ação, pois começa a rir. Uma risada tão longa que ele coloca as mãos na barriga, conforme o rosto do meu irmão vai se transfigurando em uma careta.
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Sempre foi você
RandomQuando Amelie embarca em uma nova fase de sua vida, em uma cidade completamente nova graças a sua faculdade, terá que morar com o seu irmão e com Gabe. Melhor amigo de seu irmão, seu antigo vizinho e paixão da adolescência. Morar com dois homens se...