𝚀𝚄𝙸𝙽𝚀𝚄𝙰𝙶𝙴𝚂𝙸𝙼𝙾 𝙿𝚁𝙸𝙼𝙴𝙸𝚁𝙾

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𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀
São Paulo — Casa da princesa
~ ela não é minha.

Não sei se amo ou odeio essa sensação de finais, embora não seja uma final propriamente dita.

Temos tudo ao nosso favor, só precisamos empatar pra conquistar o 11° título. É o que aconteceu durante a campanha que dá essa sensação gostosa de “estamos quase lá”. Como deram a vitória certa ao Botafogo e como o time deles decaiu até o ponto de perder o título e como nos desenganaram e crescemos no decorrer da temporada.

Os garotos com certeza são os que mais estão animados, conversam com o câmera do TV Palmeiras, dançam e parecem não se importar em ser um jogo que vale alguma coisa. Fora de casa ainda.

Fico assistindo de longe porque não tô com cabeça e porque prefiro focar em qualquer outro lá coisa do que ficar repassando o que rolou no carro semana passada, mas é impossível.

Detesto o jeito que falei com ela, detesto o jeito que ela reagiu e como fiquei parado assistindo-a entrar no prédio. Detesto que tenha ficado tempo demais sentado na porra do carro, detesto que o Zé tenha estacionado o dele do lado do meu e tirado conclusões que provavelmente estavam certas. Detesto quase tudo daquela madrugada. Desde o momento que inventei de levantar da cama ao momento que cheguei em casa sozinho. Vazio. Irritado.

Se não tivesse ficado com aquilo do carro na cabeça provavelmente estaria tudo bem agora. Ou não. Talvez eu tivesse surtando mesmo assim, só que em outra situação. Provavelmente aconteceria de qualquer forma.

E ela tá por aqui em algum lugar. Com a câmera ligada, filmando tudo. O programa que gravamos no Paris 6 foi ao ar alguns dias atrás. Somos a sensação do momento no mundo esportivo, toda a torcida do Palmeiras gosta de nós dois juntos... Mas o que adianta se foi só uma farsa? Metade daquilo foi mentira. E do que adianta se fiz besteira?

Metade de mim quer correr atrás de novo, pedir desculpas e dizer que realmente fui um babaca, mas tem essa outra metade que acredita muito que ela vai perceber que algumas coisas ali foram ditas da boca pra fora. Coisas que não deveriam ter sido ditas e coisas que eu simplesmente precisava falar.

E espero que não tenha entendido errado, porque de verdade... Não teve nada a ver com o não que ela me disse no sexo. Tava bem longe disso. Só que naquele momento... Eu só... Dissociei. Pensei o que não devia, tirei conclusões precipitadas e apaguei tudo o que tinha acontecido durante a semana.

—Ei, cara.

Virei. Encarei o Zé parando do meu lado.

—Tudo bem? — Ele coça a garganta e finge que não tô de queixo caído enquanto mexe no meião.

—Relaxa, nem precisei levar ponto onde você acertou — Soltei sem pensar. Ele ri.

—Não vou te pedir desculpa.

𝐒𝐄𝐌 𝐎𝐅𝐄𝐍𝐒𝐀𝐒 • 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora