𝐁𝐑𝐔𝐍𝐀 𝐍𝐀𝐎 𝐀𝐂𝐑𝐄𝐃𝐈𝐓𝐀 em casamentos, família feliz e relacionamentos duradouros. Raphael sonha em ter filhos. Bruna adora festas, baladas, aproveitar a vida. Raphael gosta de ficar em casa, tocar violão e ter tempo de qualidade com quem...
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𝐁𝐑𝐔𝐍𝐀 𝐕𝐈𝐕𝐈𝐀𝐍 São Paulo — Em casa ~ abaixei de vez os muros...
—Oi.
—Oi — Apertei os olhos analisando a cena. Ele tá usando aquela jaqueta de novo, a mesma que usou no date fake que fizemos uns dias atrás, mas a calça é horrorosa. Feia mesmo.
—Então... — Ele balança o corpo todos os calcanhares — Vou poder entrar ou você não conseguiu amansar a fera?
—Cara — Soltei uma risada — Você tá brincando com a sorte sabe, né?
—Ele me evitou o treino todo e a gente ficou no mesmo time. Pra completar eu tava na cara do gol e ele preferiu chutar a bola pro goleiro lá atrás. Isso já é castigo suficiente, pô — Balançou a cabeça de um jeito engraçado.
—Entra, ele tá no quarto — Dei espaço rindo abessa.
—Não ri não, princesa. Eu tô ficando maluco — Ele solta um murmúrio enquanto passa, com uma coca e a pizza na mão — Estacionei o carro do lado do dele, já imaginou se ele ainda tá me odiando quando for manobrar? Vai acabar com meu carrinho.
—Entendi. Bater em você tudo bem, bater no seu carro nem pensar? — Soltei uma risada, empurrando-o até a cozinha.
—Era melhor não bater em ninguém — Ele sussurra.
—Porque você tá sussurrando? — Perguntei, sussurrando também.
—Porque não quero que ele saia do quarto pra me bater de novo, se acontecer vou ter que revidar e ele treina boxe a muito mais tempo que eu — Disse, ainda sussurrando enquanto brecava a passada pra eu ir na frente.
—Desde quando você pratica boxe? — Sussurrei puxando-o.
—Cê acha que eu fiquei gostoso desse jeito só correndo em campo, princesa? — Estalou a língua no céu da boca, convencido.
—Calma. Quando foi que essa versão de Raphael Veiga fez upgrade? Perdi a atualização — Brinquei, pegando a pizza da mão dele.
—Já escutou aquele ditado? — Ele puxa a caixa da minha mão — Você é o que você come.
—Meu Deus! — Gargalhei.
—Ei, fala baixo. Ele não precisa escutar — Me cutuca nas costelas.
—Você disse que o culto acabava 21:30 e são quase onze horas. Eu tô com fome, Raphael — Puxei a caixa da mão dele de novo, pousando-a na mesa antes que ele conseguisse pegar mais uma vez.
—Trouxe o sabor favorito do Zé — Ele aperta os lábios e pousa o refrigerante na mesa também.
Eu olho pra ele de lado pensando que com certeza ele fez isso tentando limpar a própria barra. Acho fofo.
