Ao ver aquela cena, a surpresa e a perplexidade tomaram conta de McCarthy. Ele não esperava encontrar cocaína no peixe servido como refeição para Nathan. Sua mente começou rapidamente a trabalhar, tentando entender a situação e as possíveis ramificações dela.
A presença de drogas na comida de Nathan indicava claramente uma tentativa de envenenamento ou manipulação por parte de alguém dentro da prisão. McCarthy ponderou sobre quem poderia ser o responsável por esse ato nefasto e quais seriam seus objetivos. Seria um plano para causar danos físicos ao detento? Ou talvez uma tentativa de incriminá-lo ao ser pego com substâncias ilegais?
Por isso aquela cozinheira de merda estava tão nervosa. Interessante da forma que ele percebeu a droga antes mesmo de encostar no atum. - Pensou McCarthy fitando o atum aberto diante de seus olhos.
Nathan continuou a sua refeição, mesmo sabendo da presença da cocaína no peixe. Apesar de estar ciente da presença da droga, Nathan não demonstrou reação imediata. Ele continuou sua refeição com uma calma surpreendente, como se estivesse completamente imperturbável diante da situação. Seus movimentos eram precisos e controlados, sem nenhum sinal de pânico ou alarme.
McCarthy observava atentamente cada gesto de Nathan, tentando decifrar suas intenções e reações. Ele estava intrigado com a aparente indiferença do detento diante da descoberta da droga em sua comida. Seria Nathan cúmplice do plano, ou estaria ele simplesmente ignorando a situação para não demonstrar fraqueza ou vulnerabilidade?
A habilidade de Nathan em manter a compostura diante de uma situação potencialmente perigosa deixava McCarthy desconcertado. Ele começou a considerar a possibilidade de que o detento pudesse estar envolvido em algo muito maior do que ele inicialmente imaginara. Mas por que tentavam drogá-lo de forma tão fútil? Qual seria o objetivo? Giovanni sabia que cocaína inserida oralmente trazia consequências, como: perda de voz, dores fortíssimas de garganta e problemas respiratórios. Por que fariam isso se, depois, teriam que levá-lo à enfermaria e ficar horas com ele em tratamento? As cozinheiras fazem isso com os outros detentos ou apenas com ele? Muitas perguntas surgiram na mente de McCarthy, algo estava errado. McCarthy estava em turbilhão, tentando assimilar todas as informações e possibilidades.
Parece que ele tem muitos inimigos aqui dentro. Isso fica cada vez mais interessante. - Pensou analisando a situação diante de seus olhos.
Seus olhos encontraram os de McCarthy por um instante, despertou uma mistura de admiração e desconfiança em Nathan. Ele não podia deixar de se surpreender com a serenidade e controle do detento, mas, ao mesmo tempo, isso aumentava sua suspeita sobre suas verdadeiras intenções.
Enquanto Nathan prosseguia com sua refeição, McCarthy permanecia em silêncio, observando atentamente cada movimento do detento. Ele não queria interromper o momento. Em vez disso, ele optou por esperar e observar, tentando entender como Nathan conseguiria agir de forma tão passiva diante da situação à sua frente.
À medida que os minutos passavam, a tensão na cela aumentava gradualmente. McCarthy podia sentir a energia ficar mais carregada no ar, enquanto ambos permaneciam em um impasse silencioso. Por fim, Nathan terminou sua refeição, colocando cuidadosamente os talheres de plástico sobre a bandeja vazia, com apenas o peixe aberto com a cocaína amostra. Seus olhos encontraram os de McCarthy, e por um instante, houve um entendimento mútuo entre os dois. Com uma expressão séria, ele se aproximou do detento e pegou a bandeja, examinando cuidadosamente o peixe aberto. Sua mente trabalhava freneticamente, buscando pistas que pudessem levar à identificação do responsável.
O oficial, sem dizer uma palavra, pegou o carrinho com a bandeja vazia, e retirou-se da cela, voltando ao refeitório. No caminho ele olhava para o atum intrigado com que havia acontecido, com muitas perguntas surgindo em sua mente. Aproveitando que estava sozinho, soltou um sorriso sádico sem empatia, desejando que Nathan tivesse comido o peixe. Mas também pode deixar de sorrir ao saber que aquela cozinheira e todos os responsáveis sobre aquela atitude, iriam ser punidos pelo fato desse plano fútil ter dado errado. A ansiedade do sargento ficava maior para olhar cada expressão de medo e de surpresa de cada cozinheira, ao ver que o plano de envenenamento contra Nathan falhou. Seu coração palpitava forte em ansiedade conforme chegava cada vez mais perto da cozinha. Seus monstros cochichavam em seu ouvido, influenciando a brutalidade, e a violência. Sua imaginação podia ser inútil para adivinhar as coisas, mas para projetar agressão e cenários caóticos ela se deliciava ativando o hormônio epinefrina, liberando uma descarga de adrenalina e excitação por todo o corpo de McCarthy.
![](https://img.wattpad.com/cover/361498133-288-k517391.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sombras da Prisão
HorrorGiovanni McCarthy Sargento das forças tática sombrio e perigoso. Foi designado para ser agente penitenciário, para lidar com um detento ardiloso. A história segue sua jornada por uma prisão de segurança máxima enquanto ele luta contra seus próprios...