"Ela saiu de casa descalço pra mãe não acordar

E eu na esquina pisquei o farol com a caminhonete desligada

O som bem baixo depois da pracinha nós põe pra torar
Te dou opção de motel mas 'cê quer ir pra roça

Me atiçando na estrada de terra
Uma mão vai no volante e a outra na sua perna
Sabe que com o caipira a rosetada é certa
E depois da porteira

Mão grossa na nuca à luz da lua, tapa na bunda

E os gado de testemunha
E o pau torando dentro da cabine bruta (vapo, vapo, vapo)
Hoje na roça a lida vai ser minha e sua
Haja amortecedor pra essa hiluka hiluka" (Cabine Bruta - Luan Pereira feat G&B)

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AVISO: HOT!

(Luan)

Assim que a porta da casa da Ana abriu, vi ela descalça com a bota na mão e pisquei o farol pra ela ver onde eu tava.

Ela veio andando até a esquina, e aproveitei pra ligar o som, coloquei bem baixo com medo de alguém ouvir o barulho.

-Boa noite gatinho... - abri a porta e o perfume doce dela me fez delirar.

-Boa noite princesa... - dei um selinho nela - Pra onde vamos?

-Ah, vamos só andar por aí!

Liguei a Dodge Ram, e dirigi até a cidade enquanto ela colocava a bota. Reparei a praça vazia e parei o carro.

-Quer parar aqui?

-Não! Quero andar mais! Ah, posso aumentar o som?

-Claro! - a morena colocou o volume no máximo e eu só dei risada.

Continuei dirigindo sem rumo, até que senti ela chegando perto do meu pescoço e logo depois deu um beijo ali.

Minha pele arrepiou e minha respiração descontrolou totalmente, tive que ter muito foco pra não deixar de olhar a pista.

-Nossa, que perfume gostoso... - ela sussurrou no meu ouvido, e logo depois passou a mão pela minha perna.

Foi aí que entendi o por que ela queria sair essas horas da noite. Nunca que eu imaginaria que o motivo era esse, pra mim, ela era uma santa.

-Quer ir pra aquele de beira de estrada? - dei a ideia do motel.

-Você sabe que eu sempre gostei mais da roça...

Entendi o recado de primeira, e peguei o acesso pra estrada de terra. Não consegui me segurar, coloquei a mão na coxa dela e apertei forte, ouvindo um suspiro como resposta.

Ana também não perdeu a oportunidade de me provocar, só sentia a mão dela passeando por dentro da minha camisa que a essa hora já tava metade aberta.

Finalmente chegamos na fazenda abandonada, desci rapidamente e abri a porteira. Eu sei que é crime, mas nesse momento, nada disso importa.

Amizade ou O Quê?Onde histórias criam vida. Descubra agora