23.

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Aquele com a declaração de amor

— Eu odeio ele, não você. – foi a primeira coisa que Madeline disse no dia seguinte.

E eu não pude ficar mais aliviada.

— Eu te amo. Você sabe disso, não é? – eu disse, pegando seu rosto com as mãos.

Ela sorriu, um sorriso que fez tudo valer à pena.

— Eu também te amo. – ela respondeu e me abraçou.

— E sabe, não é culpa de nenhuma de vocês! Nós não esperávamos que o Liam fosse ser um... Idiota. – minha mãe disse, rindo.

— É verdade. – Catherine concordou, segurando Amelie no colo.

Um silêncio se instalou na mesa.

De repente, senti uma vontade imensa de expressar tudo que vinha preenchendo os meus pensamentos desde o baile beneficente.

Então, foi isso que fiz.

— Eu... Beijei o Edmundo. – disse, sem rodeios, passando a manteiga no pão.

As reações que se seguiram foram diversas. Catherine colocou a mão na boca, tentando conter um sorriso e olhou para Dickon. Madeline arregalou os olhos, surpresa. Mamãe sorriu disfarçadamente, afinal, era a única que já sabia. Louise se engasgou com o pão.

— Você o quê? – ela gritou, ficando de pé. – Como você faz uma coisa dessas e não conta pra gente?

— Porquê eu sabia que você ia ter uma reação assim. – eu sorri.

— Depois dessa, não sei se posso mais te considerar como minha irmã. – ela suspirou, colocando a mão no rosto, pensativa.

— Você supera. – eu disse, sorrindo.

— Vocês são tão lindos. – Mamãe disse, com um choro falso.

— Aliás, você me ajuda a fazer um bolo? – perguntei, como quem não quer nada.

— É claro. Pra quem?

Eu sorri, e, pela reação de todos na mesa, eles sabiam exatamente de quem eu estava falando.

Bem, eu estava de parabéns. Sem querer me gabar, mas esse era o melhor piquenique romântico já feito por mim (e também o único).

Subi em minha bicicleta e comecei a traçar o caminho para a casa de Edmundo, não conseguindo parar de sorrir por um milésimo de segundo.

O que Edmundo estava fazendo comigo?

Quando cheguei, estacionei na frente do prédio e subi os lances de escada, animada.

Quando cheguei ao apartamento 221b, bati na porta.

Depois de alguns segundos, Edmundo abriu a porta.

Ele estava com a roupa que sempre usava no Instituto, o que me levou a pensar que ele não a tirava nem por um segundo. Parecia fazer sentido, pro menos na minha cabeça.

Ele segurava um livro na mão e sorriu ao me ver, logo me puxando para dentro.

— O que você está fazendo aqui? – ele perguntou, jogando o livro em qualquer lugar e me encurralando contra a parede.

Eu corei com o movimento e mordi o lábio, envergonhada.

— Eu vim buscar você. – respondi, olhando fixamente para seus olhos castanhos. Aqueles olhos.

— E você vai me levar pra onde, Senhorita Reynolds? – ele perguntou, se aproximando.

— Logo, logo você descobre. – respondi.

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