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Aquele com a casa de Edmundo

Cheguei até o prédio em que Edmundo morava e esperei até que alguém se manifestasse.

Me aproximei da porta e fiz menção de bater, mas logo um jovem de cabelos loiros apareceu e abriu-a.

— Como posso ajudá-la?

— Ahm, Edmundo Pevensie está?

Ele abriu um meio sorriso e afirmou com um aceno de cabeça.

— Imaginei que fosse você.

Então ele indicou que eu entrasse e começou a subir um conjunto de escadas localizado na entrada.

Após pelo menos cinco lances, havíamos chegado.

— Pedro Pevensie. Irmão mais velho do Edmundo. Prazer. - ele disse, estendendo a mão em minha direção.

— Daphne Reynolds, prazer.

— Bem, talvez ele tenha falado alguma coisa sobre nós para você. Somos 4, além de nós, Susana e Lúcia. Lúcia provavelmente adoraria conhecer você. Susana também, é claro, mas do jeito dela. Vocês provavelmente têm muita coisa em comum. Ah, e com certeza você vai adorar meu cunhado.

— Que bom! Ele falou de vocês, com certeza. Vai ser um prazer conhecer suas irmãs e o seu cunhado. Caspian, não é? Edmundo falou dele. 

Ele confirmou com a cabeça e abriu a maçaneta, fazendo um cheiro esplêndido de bolo de chocolate encontrar meu nariz.

Por acaso eu estava no paraíso?

— Oi, Daphne! Tudo certo?

— Oi, Edmundo. Tudo muito melhor agora. – disse, me arrependendo no mesmo segundo. Não era para soar daquela forma. Corei. – Digo... Por causa do bolo. – concluí, com uma risada sem graça.

— Ah, claro! Não soube bem do que você gostava, por isso, tentei não arriscar e fiz o clássico. Mas, se você tiver uma outra preferência, me diz. Assim da próxima vez eu posso preparar.

Teria uma próxima vez?

Assenti e esperei enquanto Edmundo terminava na cozinha.

— Bom, se vocês me dão licença. Preciso resolver umas coisas. Até mais! — Pedro se despediu, pegando um casaco e chapéu.

— Com "resolver umas coisas" ele quer dizer "ver minha noiva antes de ir trabalhar". É sempre assim. Pelo menos vamos ser apenas nós dois, sem ninguém para atrapalhar.

Aquilo também soara estranho e ele não se corrigiu. Ou era apenas coisa da minha cabeça.

— Certo. Eu trouxe o livro e os papéis para fazermos o roteiro.

— Tenho algumas coisas aqui também, caso for preciso.

Tirei todo o conteúdo da minha bolsa e arrumei em cima da mesa.

— Com licença. – disse, enquanto posicionava os materiais.

— Eu não sou escritor, mas vou tentar dar o meu melhor. – ele sorriu.

— Não precisa se preocupar, é muito fácil.

Após algum tempo (e várias tentativas falhas) havíamos terminado de escrever o primeiro rascunho da peça.

— Acho que nosso trabalho ficou magnífico. Nós formamos uma dupla dinâmica e tanto.

Sorri e concordei com a cabeça.

— Qual será o próximo? Eu voto em recriarmos Emma, ou talvez... O Morro dos Ventos Uivantes? Qualquer coisa minimamente parecida com Jane Austen deve ser considerado uma opção.

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