Aquele da revelação bombástica e triste
Estalei meus dedos ansiosamente enquanto esperava Thea.
Minha respiração ficara pesada e ansiosa, e só piorava.
Olhei pela porta e senti um alívio se apossar de mim quando Edmundo entrou no hospital.
Lágrimas ameaçaram cair dos meus olhos.
Seus olhos encontraram os meus e eu me senti melhor imediatamente.
Levantei rapidamente da cadeira e corri para seus braços. Ele me abraçou de volta, calmamente.
E nossa relação era assim. Sem precisar se comunicar com palavras.
Comecei a chorar, alinhada em seu pescoço, enquanto ele acariciava o meu cabelo.
— O que aconteceu, exatamente?
Sra. Weems estava na sala de emergência do hospital.
— Ela escorregou e bateu as costas no chão. Foi horrível. Graças a Deus não aconteceu nada pior. Mas, ela já...
Tentei continuar, sem sucesso.
— Ela já é muito velha, Ed. – disse, como se para mim mesma.
Ele suspirou, preocupado.
— Ela vai ficar bem, ok? Vai dar tudo certo. – ele consolou, apertando minha mão.
Afirmei com a cabeça, tentando me convencer daquilo.
— Edmundo, é... Se você quiser falar sobre o que aconteceu ontem... É...
— Não, melhor não. Vamos esperar ela ficar melhor, ok? Sem pressão.
Concordei com a cabeça, corando automaticamente.
Thea se aproximou de mim, com um copo d'água.
— Obrigada.
Edmundo não largou a minha mão por um segundo.
— Acompanhante de Larissa Weems? - uma enfermeira chamou, me acordando do transe.
Me levantei rapidamente, andando em sua direção.
— Sou eu.
— Me siga, por favor.
Olhei para trás, observando Edmundo me fitar com um olhar reconfortante.
— Vai ficar tudo bem. - ele disse.
— Eu espero. - respondi, ao longe.
Logo, comecei a acompanhar a enfermeira para dentro da sala onde estava Sra. Weems.
E lá estava ela: abatida, mas ainda assim, com um sorriso no rosto.
— Olá, querida. - ela disse, baixinho.
— Sra. Weems. - eu disse, chorosa.
Me sentei na beirada da maca e procurei a sua mão, apertando.
— Nós temos suspeita de uma fratura na coluna, mas não podemos ter certeza. Como ela já é uma... Senhora de idade, nós vamos recomendar que ela repouse e não faça nenhuma atividade que exija muito esforço.
Olhei de soslaio para Weems, esperando alguma reação exagerada ou decepcionada.
Mas, em vez disso, ela continha um sorriso pacífico no rosto.
A enfermeira se retirou da sala, nos deixando sozinhas.
— Eu já esperava isso. - ela disse.
Suspirei.
— Daphne, eu já sou praticamente uma idosa. Querendo ou não, nós já sabíamos que isso iria acontecer, cedo ou tarde.
Cobri meu rosto com as mãos, tentando não chorar.
— Mas, tem uma coisa que eu preciso contar para você.
— O quê? - perguntei, quase aos prantos.
— Nós não estamos nas melhores condições há um tempo. Mesmo com as doações, o custo ainda continua muito alto e, provavelmente, não vai durar muito tempo.
Eu não queria admitir, mas já sabia o que ela iria dizer.
— Daphne, - ela chamou, me fazendo olhar em sua direção - nós vamos ter que fechar a instituição.
Naquele momento, eu soube muito bem que algo dentro de mm havia quebrado.
— Não! Não, por favor, Sra. Weems. - implorei, chorando. - Por favor, não! Eu posso ajudar, minha família, e-e... Tenho certeza que Edmundo também pode ajudar, é... Nós vamos conseguir, e...
Ela colocou as mãos em meu rosto, enxugando minhas lágrimas.
— Daphne, eu não tenho condição de continuar. Eu sinto muito. Infelizmente, eu não posso mais fazer nada. - ela disse, também chorando.
Já era tarde demais, meu rosto estava novamente inchado e encharcado.
— Descanse, ok? - foi tudo que consegui dizer antes de sair da sala.
Fechei a porta atrás de mim, procurando Edmundo e Srta. Honey, encontrando apenas o primeiro.
Ele provavelmente percebeu a tempestade que se apossava de mim ao ver minha expressão, por que seu meio sorriso desapareceu.
— Ela está bem? - ele perguntou.
— Bem... Fisicamente, sim. Mas emocionalmente, nem tanto.
— O que aconteceu?
Respirei fundo antes de continuar, tentando não chorar novamente.
— A instituição vai fechar, em resumo. - disse, tentando parecer indiferente.
— O quê? - ele perguntou, assustado.
— Sra. Weems não tem mais condição de manter a instituição.
— Não, isso é impossível! Tem que ter algum jeito... Nós podemos doar, eu posso doar! Tenho certeza que meus irmãos também colaborariam...
— Não, ela não acha que pode ser suficiente. Além do mais, ela não tem mais condições, Ed. É isso.
Enquanto encarava a expressão incrédula de Edmundo, percebi que não adiantava mais fingir que não me afetava.
Antes que eu começasse a chorar novamente, Edmundo me tomou em seus braços, pela segunda vez naquela manhã.
Avistei Srta. Honey voltar com bolinhos em uma sacola, com uma expressão aflita.
Me soltei dos braços de Edmundo e deixei que ele explicasse a situação para Srta. Honey.
Saí do hospital, tentando espairecer e relaxar a minha mente.
E foi assim, pelo resto do dia.
AUTHOR'S NOTES
Não sei o que dizer sobre esse capítulo. 😘
Se preparem.
Com amor, Mary.
VOCÊ ESTÁ LENDO
moonlight sunrise | edmund pevensie ✔️
Romanceedmundo pevensie x oc Daphne, uma escritora com bloqueio criativo, finalmente encontra a inspiração de que precisava para continuar a sua história ao conhecer Edmundo, um professor charmoso que faz seu mundo ser abalado positivamente. Entre coraçõe...