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Aquele do melhor aniversário.
Aquele do pedido.

Aniversários sempre são datas interessantes de serem comemoradas. Exceto quando está faltando uma pessoa.

Talvez você já saiba quem é.

Mas o problema não é ele não estar aqui. O problema é que eu fui o motivo dele ter ido embora.

O que deveria me deixar extremamente triste ou melancólica em qualquer outra situação, mas, hoje não.

Pois, quando mamãe me acordou com um beijo na têmpora como sempre fazia, eu percebi que deveria estar grata por completar mais um ano de vida.

E como sou.

Como sou grata por passar um aniversário tão especial ao lado de pessoas que eu amo tanto.

Além disso, com uma adição recente.

Levantei rapidamente após o parabéns carinhoso de Mamãe logo ao amanhecer e desci as escadas correndo, como sempre fazia.

— Feliz aniversário, Daphne! Eu te amo, muito mesmo. Obrigada por existir e ser minha irmã. – Louise gritou, pulando em cima de mim, quando me avistou no pé da escada.

— Obrigada, Lou. Eu também te amo, muito mesmo. Obrigada por ser minha irmã. – agradeci, dando um beijo em sua bochecha.

— Parabéns, Daph. Eu te amo, mesmo que não pareça às vezes. – Madeline disse, me abraçando de lado.

— Obrigada, Mads. Eu também te amo.

— Falando nisso... – Madeline disse, tirando uma caixinha do bolso.

A caixinha era pequena e era externamente coberta de veludo vermelho.

– É o nosso presente.

Louise sorriu, concordando.

Abri a caixinha e avistei um colar dourado com um um pingente de livro.

— Que lindo. Minha nossa, é perfeito! Eu amo vocês, obrigada. – disse, puxando-as para um abraço.

— O meu ficará para mais tarde. – Mamãe disse. – Mas, vamos começar a programação de hoje.

Ela então apresentou o seu prato principal e uma das maiores tradições de aniversário.

Panquecas em formato de livro. E melhor, dessa vez, com um adicional: o livro continha o meu nome no lugar da autora.

Lágrimas chegaram aos meus olhos e começaram a cair.

— Não acredito! – disse, sorrindo.

— Então é melhor acreditar. É só o começo.

Quando apanhei o garfo e faca e estava prestes a cortar o primeiro pedaço da panqueca, ouvi uma batida na porta.

— Quem será que é? – Louise disse, olhando-me sugestivamente.

Levantei da cadeira e andei em direção à porta.

Edmundo estava do outro lado, segurando um enorme buquê de flores.

— Ah, nossa! É o Edmundo! Quem poderia imaginar? – Madeline brincou.

— Bom dia, aniversariante. — ele disse, saindo de trás do buquê de flores.

— Bom dia! – respondi, pegando o buquê.

— Como você se sente completando 30 anos?

— Edmundo! Você está me chamando de velha?! – fingi ofensa.

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