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Aquele com Susana Pevensie

Era madrugada e lá estava eu, na casa de Edmundo, encarando o anfitrião da casa enquanto ele terminava de ler a minha história.

Era a primeira vez que eu dormia na casa de Edmundo, e era tão reconfortante.

– Terminei. – ele disse, fechando o manuscrito e me encarando.

– E? – eu perguntei, estalando os dedos nervosamente.

– É só o melhor romance que eu já li na vida, Daphne. É genial! Você construiu os personagens tão profundamente que parece que eles são pessoas que fazem parte da minha vida. Eu amei! – ele sorriu, me abraçando e encurralando sobre a cama.

Eu tentei segurar as lágrimas, mas não consegui.

– Obrigada, Ed. Significa muito para mim. – eu sorrio, abraçando-o de volta.

– Eu namoro uma escritora futuramente famosa. Sou muito sortudo mesmo. – ele disse, sorrindo, em meu ouvido.

– Para! Faz cócegas.

E, depois de muita conversa, nós fomos dormir.

Bocejei, lentamente abrindo os meus olhos devido à claridade que inundava o quarto de Edmundo.

Olho para o lado e observo sua figura ainda adormecida. Ele era angelical. Suas sardas claras pintavam em poucos lugares o seu rosto e ele tinha uma expressão relaxada. Passei a mão pelo seu cabelo, acariciando-o. Seus membros começaram a se mexer vagarosamente e sua expressão se transformou em um sorriso divertido.

— Bom dia, dorminhoco. - cumprimentei, sorrindo.

— Bom dia, Sra. Observadora. - eu ri.

— Não há mal nenhum em observar seu namorado enquanto ele dorme.

— Namorado. Eu gosto de ouvir você me chamando assim, namorada. - ele disse, jogando-se e me encurralando por baixo.

— Como uma boa namorada, eu deveria tentar fazer um café da manhã. Mas eu já adianto que não vai chegar nem aos pés do seu.

— Já basta ter um cozinheiro na dupla. - ele provocou.

— Edmundo Pevensie! Eu me sinto ofendida com esse comentário. - falei, fazendo cara feia.

— Relaxa. Eu prometo que vai dar certo e você não vai me intoxicar. - ele riu.

Levantei da cama apenas com a camisa que peguei emprestada dele e caminhei em direção à cozinha.

Depois de alguns minutos, lá estava o meu mais novo prato: pão com ovo gratinado. Ou, pão com ovos fritos em uma frigideira gigantesca.

Não estava ruim, de uma maneira geral. Só poderia ficar melhor.

— E então? – perguntei, olhando para expressão avaliadora de Edmundo enquanto comia.

— Bom... Bom. – ele respondeu. Fiz uma cara de descrença. – O quê?! Está bom, Daphne.

— Você está mentindo.

— Não. Quer dizer, sim... Não que esteja ruim, mas eu só acho que faltou... Tempero? Não sei. Mas está bom, é sério.

— Esquece. Não dá para ser escritora e cozinheira ao mesmo tempo. Já basta você. – disse, apertando sua bochecha.

— Sabe, eu conheço alguém que pode te ajudar. - Edmundo disse, acariciando minha cintura.

— Sério? Quem? - perguntei, virando para encará-lo.

— Minha irmã. Quer dizer, ela pode te ajudar a encontrar uma agente, já que ela trabalha com isso.

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