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Aquele com o pré aniversário

Observei pela janela da casa de Edmundo a paisagem passando de um lindo tom de amarelo para um azul escuro melancólico enquanto apreciava uma boa xícara de café.

– Você tem um sério problema com cafeína, querida. – Edmundo disse, acariciando levemente minha coxa.

– Não é um problema, é amor. – eu respondi, sorrindo. – E eu preciso ir, já tô fora de casa há muito tempo.

– Fica mais um pouco. – ele disse, agarrando meu braço e me puxando para seu peito.

– Você é muito persuasivo, sabia? – eu sorri, aconchegada nele.

Respirei fundo. Muita coisa havia acontecido naquele dia, mas eu finalmente havia tomado a decisão que me atormentava desde aquele dia no hospital quando Sra. Weems havia feito a proposta.

– Sabe, Ed – eu comecei, me afastando do abraço para olhar para seus olhos, – eu tomei aquela decisão porque não sei se estou pronta para assumir uma responsabilidade tão grande. E agora, mais do que nunca, eu estou focada em acabar o meu livro. – eu sorri, lágrimas começando a se formar em meus olhos.

– Eu tô orgulhoso de você, Daph. – ele disse, segurando minha bochecha. – Muito orgulhoso,

Eu sorri, puxando-o para um abraço. Eu não queria nunca mais sair daquele abraço.

Meu bloqueio finalmente havia ido embora.

– Agora eu realmente preciso ir, Edmundo Pevensie. Mamãe vai me matar. – eu disse, levantando-me do sofá e pegando minha bolsa.

Ele fingiu uma cara de choro enquanto se levantava para me acompanhar até a porta.

– A sua mãe me deve uma, tá? – ele disse, agarrando meu braço.

– Tá. – eu respondi, sorrindo. – E, amanhã é meu aniversário!

Ele parou abruptamente a caminhada e me olhou como se eu tivesse cometido um crime.

– O quê? E você só me conta agora? – ele disse, falsamente ofendido. – Você esperava chegar aqui amanhã e me contar?

– Talvez. Até amanhã. – eu disse, parada na porta.

– Até. – ele disse, dando-me um beijo casto. – Feliz pré-aniversário.

Eu sorri, andando em direção à escada.

Quando cheguei no último destino daquele dia, encarei a porta antes de abrir sem bater.

– Oi. – eu cumprimentei os moradores da minha própria casa ao passar pela aglomeração na sala de estar.

– Oi, sumida. – Louise respondeu, com os pés apoiados no colo de Madeline. – Tava com o seu príncipe encantado? – ela perguntou, imitando beijos com as mãos.

– Chega, tá? – eu sorri, jogando uma almofada nela enquanto me sentava ao lado de Catherine. – Hoje foi um dia cansativo.

– Você fez o que tinha que fazer? – mamãe perguntou, trançando o cabelo de Louise.

– Fiz. Eu não vou mais assumir o instituto. – eu disse, por fim, me livrando daquele peso em minhas costas.

Todos me encararam surpresos.

– Eu vou focar no meu livro agora. – eu sorri, enquanto sentia Cath fazer carinho em meu cabelo. – Inclusive, preciso escrever mais agora! Vou comemorar o meu pré-aniversário com a minha protagonista. – eu disse, levantando-me e indo em direção à escada.

– Boa noite, querida. – mamãe disse.

– Boa noite! Até amanhã. – eu sorri, subindo as escadas.

Quando cheguei em meu quarto, lavei-me antes de colocar uma roupa confortável. Deitei em minha cama e encarei a parede cheia de colagens e poemas. Depois de alguns minutos, levantei e sentei-me à minha escrivaninha, revendo o que eu tinha escrito mais cedo.

E a noite se desenrolou assim, com muitas palavras, pontuações, bocejos e parágrafos. Depois de aproximadamente 4 horas e 11 capítulos, eu havia terminado.

Sim, meu caro leitor, eu me refiro ao meu livro.

Ao deitar-me na cama, só consegui formular uma frase depois daquele dia cansativo.

Eu terminei de escrever o meu livro.

Eu terminei de escrever o meu livro

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AUTHOR'S NOTES

Oi!

Depois de nem tanto tempo assim, voltei.

Reta final. ;(

Com amor, Mary.

maratona: 1/2

moonlight sunrise | edmund pevensie ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora