Pinceladas de Esperança

01 Laços Inquebráveis

A luz clara do sol se infiltrada pelas cortinas finas coloridas, deixando os raios de sol iluminarem o quarto, o vento trazia uma brisa reconfortante, como um abraço de uma mãe, o clima ameno deixava os cidadãos de Seul contentes, indicando que a primavera estava próxima.

Tudo estava sendo favorável para todos terem um bom dia, mas para Jimin nada estava favorável.

Acordado pelos raios de sol em seu rosto o avisando que já estava na hora de levantar e trabalhar, Jimin começava mais um dia, o mesmo era um médico muito respeitado e de grande influência.

Mostrou-se desde criança adoração pela profissão que segue até hoje, lembrava-se de quando entrava no hospital sorridente sempre querendo ajudar as pessoas que estavam ao seu redor, mesmo que ele mesmo estivesse machucado, aquelas lembranças o davam conforto na situação em que se encontrava.

Depois da faculdade Jimin teve esperança que se tornaria um grande médico, e realmente se tornou. É considerado o melhor médico da Coreia do Sul, tinha um monte de amigos que o adoravam e apoiavam, todos queriam ser como ele e o usavam como inspiração...

Mas tudo mudou como um passe de mágica, como uma descida inusitada de uma montanha russa. Lembrava-se muito bem daquele dia, o dia onde perdeu amigos e pessoas com quem o mesmo se importava. Mas também o dia em que ganhou seu bem mais precioso.

Era um dia chuvoso, o vento era agressivo, a chuva impetuosa...Jimin havia saído mais cedo do trabalho, havia feito uma longa cirurgia que havia tirado todas as suas energias.

Chegando em casa cansado do trabalho, Jimin só pedia por um banho e algumas horas de sono, mas teve uma surpresa ao chegar em casa e encontrar sua ex namorada dentro do mesmo.

"O que está fazendo aqui?" A voz de Jimin soava curiosa com um leve tom de irritação ecoando pelo cômodo. O ar começou a ficar tenso, a tensão já estava palpável no ar, podendo ser vista a olho nú.

"Temos que conversar Jimin" Lia falou elevando seu tom de voz enquanto segurava um bebê em seu colo.

Estava nítido a inexperiência com a criança, não só pelo jeito que segurava mas também pela as suas expressões faciais, Lia não tinha afeto nenhum pelo bebê...

"Não acho que devemos, esclarecemos tudo o que devíamos no dia em que você me traiu" Jimin tentava a todo custo manter a calma, mas só em se lembrar daquela noite um sentimento ruim tomou posse de seu peito, as memórias das mãos, dos toques eram como uma tortura para Jimin, um pesadelo incessante em sua cabeça.

"Esclarecemos quase tudo...Esquecemos apenas de um detalhe" Lia comentava com um sorriso sínico no rosto, o ar de deboche que ela usava com as palavras só deixava o clima mais tenso.

" Que detalhe?" Jimin perguntou curioso, finalmente percebendo o bebê nos braços da mulher.

" Esquecemos de usar camisinha e agora você tem este problema" A mulher falava apressada se aproximando em passos rápidos de Jimin, logo largando a bebê sem nenhum cuidado em seus braços.

"O que, eu...nem sei se este filho ou filha é meu" Era nítida a confusão no rosto de Jimin, já haviam se passado dez meses desde que havia terminado com Lia e agora tinha uma filha?...

A confusão tomava conta da cabeça de Jimin, era como se a tempestade que ocorria do lado de fora agora havia sido transportada para dentro de sua cabeça, destruindo qualquer neurônio que havia restado após a cirurgia.

"É um menino seu imbecil, e não é porque eu te trai uma vez que eu sou uma vagabunda" A fala de Lia ecoava raivosa pela sala, já estava muito tempo além do que previa naquela casa que era altamente indesejada.

"Tem certeza de que não é uma vagabunda? Eu possuo as minhas dúvidas..." Jimin pronunciava com um sorriso no canto dos lábios, agora prestando mais atenção no bebezinho em seus braços.

Apesar de considerar que sim, Lia era uma vagabunda, não podia negar que a criança possuía sim traços seus.

Os cabelinhos pretos eram encantadores, os olhinhos puxados e castanhos eram brilhosos cheios de expectativa ao encarar Jimin, os lábios cheinhos chegavam a formar um biquinho na face fofa e as bochechas nem se fala, eram grandes dando vontade de apertá-las todinhas.

"Que bom que gostou dele, até por que não teria outra opção" A voz de Lia voi escutada por Jimin que logo direcionando seu olhar para a mesma.

"O que? Mas nós ainda não resolv-" Jimin pronunciava de forma apressada tendo sua fala rapidamente cortada pela seguinte de Lia.

"Já resolvemos tudo o que tínhamos para resolver, você será um ótimo pai" Lia falou risonha sem nem se importar quando foi em direção a porta saindo rapidamente do apartamento de Jimin o deixando sozinho com o bebê.

E por mais que Jimin estivesse irritadíssimo com Lia não poderia fazer nada por enquanto já que agora sua prioridade seria cuidar de, agora, seu filho.

"Seremos apenas eu e você Mihoo" Jimin falou calmo enquanto pronunciava o nome escolhido pelo mesmo para o bebezinho que deu um sorriso largo ao escutar as palavras de Jimin.

Desde aquele dia chuvoso a vida de Jimin nunca foi mais a mesma, agora o mesmo era responsável por uma vida, por um serzinho muito pequeno mas que daria um trabalhão para o mesmo.

Quando Jimin revelou para a mídia que agora possuía uma filho, o mesmo recebeu vários comentários de mal gosto.

Comentários de todos os tipos sendo os mais recorrentes: " Um homem nesta idade....que desperdício" "Onde será que está a mãe desta criança?" "Pai solteiro nunca conseguirá criar está criança, sem uma mãe ao seu lado"

Para Jimin escutar aquilo era uma tortura, as palavras rispidas das pessoas o atacando e atacando seu filho era algo que o memso não toleraria.

Então tomou uma atitude que cessou todas as notícias relacionadas a ele e ao seu filho.

"Quem escrever ou falar alguma inverdade sobre mim e meu filho levará um processo, minha vida pessoal não lhe diz respeito a ninguém do que a mim mesmo e a minha família. Espero ter sido claro em minhas palavras"

Após sua declaração pública, sua vida deu uma acalmada e por mais que não tivesse mais o apoio de seus amigo, estes que assim que souberam que Jimin tinha um filho pararam de andar com o mesmo, o ignorando por completo. Jimin poderia se dizer que estava se virando bem.

Os primeiros passos, a primeira palavra,os choros de madrugada, os passeios no parque, tudo passou muito rápido aos olhos de Jimin, que quando viu seu pequeno já não era tão pequeno assim, já corria pela casa parecendo um foguete sempre esbarrando nos móveis o que causava quase um ataque cardíaco em Jimin.

O mesmo agora estava com seis anos de idade, uma idade onde é valiosa para as crianças, elas vão para a escolinha, fazem novos amigos, brincam, exploram....uma fase de descobertas e aprendizados.

E Jimin se culpava tanto por seu menininho não poder estar aproveitando está fase...

Aos três anos Mihoo apresentou problemas respiratórios, tento que começar a frequentar o hospital mais vezes do que era previsto, já que ele apenas ia para acompanhar seu pai, ás vezes possuía falta de ar então precisou começar a fazer tratamento, aos quatro o mesmo ía todos os dias e o problema que seria apenas superficial acabou se tornando um tormento na vida de Park, agora a seu pequeno estava internado em um quarto no hospital, seus pulmões estavam com uma infecção, o mesmo não havia risco de morte porém não havia altas expectativas de vida para quem possui esta doença....

Então divagando em pensamentos era onde Jimin se encontrava, deitado na cama do quarto antigo de seu filho enquanto tomava coragem para seguir em frente, precisava se manter forte por Mihoo...

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Espero que tenham gostado...

Relembrando que está história é fictícia, nada condiz com a realidade!

Se gostarem peço que Votem e Comentem....