28 | Fazer valer a pena

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And if they call me a slut
You know it might be worth it for once
And if I'm gonna be drunk
Might as well be drunk in love

E se me chamarem de vadia
Sabe, pode até valer a pena desta vez
E se for para eu ficar bêbada
Posso muito bem ficar bêbada e apaixonada


Slut!

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Com dois Virgin Sex On The Beach em mãos, ando até a piscina.

Connie continua sentada na borda, com os pés na água, e é a primeira a me notar. Aproveito para entregar a bebida a ela, que olha com desconfiança para o líquido em tons de amarelo e laranja.

— Sem álcool também? — pergunta.

Faço que sim, depois pouso a minha própria bebida no piso perolado.

— Dá para você fingir que está ficando bêbada — sugiro. — É tudo psicológico.

Ao lado dela, há uma escadinha para entrar na piscina. Desço por ali, ansiosa para esconder minha roupa íntima escandalosa. Sofia ainda está dentro da água, com as costas apoiadas na beirada, de onde conversava com Connie. Não há sinal de Emily e Alba. Bem conveniente que tenham desaparecido juntas.

A água morna me envolve, relaxando meus músculos. Mergulho para completar o efeito e imagino toda a minha tensão se dissolvendo. Assim que volto à superfície, afasto o cabelo molhado do rosto e encontro o olhar de Connie.

— Deve ser psicológico mesmo — ela comenta. — Já estou me sentindo bêbada.

Olho para o copo de vidro em suas mãos, com bebida até a borda. Mesmo se tivesse álcool, ela não tomou um gole sequer.

— Deve ser o calor. — O ar está úmido ao nosso redor, mas ainda sinto meus braços se arrepiando em contato com ele. — Sabe, acho que nunca te vi bêbada de verdade. Você não parecia muito alterada nem naquela festa em Porto.

— Não gosto de exagerar. Mas, naquela festa, eu estava.

— Bêbada?

— Alterada.

Cruzo os braços sobre a borda da piscina e descanso o rosto sobre eles, mas continuo olhando para ela.

— Como você é quando está bêbada de verdade? Sonolenta? Agitada? É do tipo que sobe na mesa e começa a dançar?

— Ela é totalmente sem graça — a voz de Sofia quebra a minha ilusão de intimidade.

Meu Deus, estamos rodeadas pelas nossas amigas. E eu já falando com Connie como se estivéssemos sozinhas.

Pigarreio, olhando rápido na direção de Sofia enquanto ela explica:

— A Connie é tão plácida bêbada que quase não dá para diferenciar de quando está sóbria. Eu nunca consigo.

Tento puxar as memórias daquela festa, do rosto de Connie perto do meu no banheiro e do aroma de álcool se desprendendo da pele dela. Eu sabia que ela tinha bebido, mas não o quanto. Talvez tenha sido bem mais do que imaginei.

Sofia se aproxima de mim na água e eu tento afastar as memórias. Não quero me comprometer sem querer, ainda mais diante dos olhos dela, que não deixa nada passar. Desvio o olhar, buscando alguma coisa que sirva de base para um novo assunto. Na pressa, o primeiro comentário que me vem em mente é:

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