Capítulo 4

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Diana

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Diana

Passei o dia todo ensinando o máximo que podia, parando apenas para jantar e dormir. De início Feyre só queria que eu lhe mostrasse as palavras queria escrever sem de fato aprender a ler, ela queria ser rápida e enviar a carta para sua família mas lhe mostrei que isso não é confiável, que eu poderia fazer ela escrever qualquer besteira se assim eu quisesse e ela nunca saberia. No final, ela me entendeu e aceitou minha ajuda sem relutar.

No dia seguinte, antes do sol nascer, voltamos ao escritório e caminhamos tranquilamente até um cantinho isolado e praticamos um pouco mais. Feyre tinha avançado um pouco, sabe ler as sílabas agora, mas após muito esforço Feyre foi ficando sonolenta.

- Se está com sono, podemos voltar para o quarto. - minha voz era baixa e gentil.

- Não. Sempre acordava por esse horário, mas por não está saindo para caça estou ficando preguiçosa. - bocejou.

Feyre se debruçou sobre a mesa e enquanto escrevia uma frase, ela adormeceu, mas no mesmo instante eu me endireitei na cadeira me sentindo estranha. Olhei para minhas mãos, abri e fechei elas duas vezes para ter certeza que eu estava no controle do corpo. Isso só tinha acontecido uma vez, foi quando eu cheguei aqui.

Suspirei pensativa. O que iria fazer agora? Preciso ver um espelho, ver se meu outro olho aparece ou está "normal" com o olho da Archeron mais nova.

Me levantei bruscamente, força demais. Respirei fundo algumas vezes na tentativa de me acostumar com o corpo antes de começar a andar me apoiando nas estandes até que algo chamou a minha atenção, o mural com a história de Prythian.

A história que começava com um poderoso caldeirão preto, erguido por esguias mãos femininas, brilhando, em uma noite estrelada e infinita. Aquelas mãos viraram o caldeirão, e dele, um brilhante líquido dourado se derramou pela borda. Não brilhante, mas efervescente, com pequenos símbolos, talvez alguma antiga língua feérica. O que quer que estivesse escrito ali, o que quer que fosse, o conteúdo do caldeirão foi derramado no vazio abaixo, acumulando-se na terra para formar este mundo.

O mapa continha todo o mundo; não apenas a terra na qual eu e Feyre estávamos, mas também os mares e os continentes maiores além deles. Cada território estava marcado e colorido, alguns com retratos intricados, ornamentados, dos seres que um dia tinham governado terras que agora pertenciam a humanos.

Tudo isso, todo o mundo tinha sido deles um dia; pelo menos até onde eles acreditavam, construído para eles pela portadora do caldeirão. Não havia menção a humanos. Nenhum sinal de nós ali. Supus que éramos tão baixos quanto porcos para eles.

Era difícil olhar para o outro painel. Era tão simples, mas tão detalhado que, por um momento, eu pude me imaginar ali, naquele campo de batalha, sentindo a textura da lama ensanguentada sob mim, ombro a ombro com os milhares de outros soldados humanos enfileirados, encarando as hordas de feéricos que disparavam contra nós. Um momento de pausa antes do massacre.

Corte de Almas e LaçosOnde histórias criam vida. Descubra agora