Capítulo 9

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Diana

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Diana

Os curtos cabelos pretos reluziam como as penas de um corvo, destacando a pele clara por está tanto tempo sob a montanha e os olhos azuis, tão profundos que pareciam violeta mesmo à luz da fogueira. Eles brilharam com interesse enquanto o encarava sem conseguir desviar o olhar.

Hipnotizada.

Eu estava simplesmente hipnotizada pelos seus olhos que pareciam ter estrelas neles.

Por um momento, não conseguimos dizer nada, nenhum dos três. Ele, provavelmente, analisava Feyre, eu o admirava por inteiro e poderia estar suspirando apaixonada caso estivesse em meu próprio corpo, já Feyre parecia querer correr para longe.

Podia sentir sua inquietação, mas eu queria ficar mais, falar com ele, ficar com ele.

Um meio sorriso surgiu, brincalhão, em seus lábios sensuais.

— O que uma mulher mortal faz aqui, na Noite da Fogueira? — A voz de Rhysand foi como um ronronar de um amante, nos fazendo estremecer, acariciando cada músculo e osso e nervo.

Feyre deu um passo atrás.

— Minhas amigas me trouxeram.

Fazia tanto tempo desde que vimos um rosto exposto que parecia vagamente humano. As roupas dele, todas pretas, todas requintadas, eram justas o bastante para que a gente visse o quanto parecia magnífico. Como se tivesse sido moldado da própria noite. Lindo, charmoso e sensual.

Minha mente só sabia elogiá-lo.

— E quem são suas amigas? — Ele sorria para nós, como um predador avaliando a presa.

Eu gostava disso, de certa forma.

— Duas moças — mentiu de novo.

— Os nomes delas? — Ele deu mais um passo, enfiando as mãos nos bolsos.

A jovem Archeron recuou um pouco mais e ficou de boca fechada. Quando ficou evidente que ela não responderia, ele riu.

— De nada — disse o feérico. — Por ter salvado você.

— Ah, querido, você não sabe o que eu te agradeço e agradeceria ainda mais se tirasse Feyre dessa maldita corte.— Digo na esperança que ele me escutasse, mas Rhys apenas ergueu uma sobrancelha de forma casual.

Se ele me escutou, não deu indício. Me pergunto se ele pode entrar em minha mente mesmo estando dentro de Feyre.

— É estranho que uma mortal seja amiga de duas feéricas — ponderou ele, e começou a nos circundar. Eu podia ter jurado que gavinhas da noite estrelada formavam um rastro atrás dele. — Humanos não costumam morrer de medo de nós? E você não deveria, aliás, ficar do seu lado da muralha?

Corte de Almas e LaçosOnde histórias criam vida. Descubra agora