Capítulo 15

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Diana

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Diana

Passei horas tentando chamar por Feyre, gritei tanto que, se eu tivesse controlando seu corpo, estaria rouca agora. No entanto, em nenhum momento ela me ouviu. Parecia que algo havia me prendido em algum lugar dentro dela, impedindo-me de ajudá-la, confortá-la enquanto ela se remoía no canto escuro da cela pensando na resposta do enigma.

Eu me sentia como um fantasma, uma alma incapaz de interferir na vida mundana das pessoas ao meu redor. Não conseguia me mexer, nem sequer controlar um dedo de Feyre ou ao menos respirar de uma forma diferente, era apenas uma alma presa no corpo de uma humana condenada à morte.

Feyre chamava por mim, pedindo ajuda em sussurros que só nós duas podíamos escutar e eu apenas consegui acreditar que ainda está ali porque conseguia sentir Feyre apertando seu braços e sua respiração descompensada, porém não consegui acalmá-la até que nós duas enfim dormissem.

— Diana — Feyre chamou, me despertando. —, por favor, por favor, me responda..

Mesmo sussurrando, sua voz estava embargada. Isso me deixou alerta. Procurei pela escuridão da cela úmida alguma ameaça, mas não encontrei nada.

— Por que choras, meu vaga-lume?

Feyre arfou, aliviada. Eu podia sentir suas lágrimas quentes escorrendo em suas bochechas.

— Ah, Diana! Você finalmente me respondeu. O que aconteceu? Porque sumiu?— Feyre abraçava o próprio corpo, como se dessa forma pudesse me abraçar também.

— Eu estive aqui o tempo todo, você que não conseguia me ouvia.— se eu pudesse, retribuiria seu abraço tão forte quanto e não a soltaria. — Estarei com você até o seu último suspiro.

Uma verdade nua e crua, uma verdade muito cruel e um juramento que a fez se acalmar. Ela não faz ideia do que a aguardar.

Abraça-la, eu queria abraçá-la e olhar em seus olhos azuis-acinzentados e proporcionar-lhe a confiança que ela precisa.

— Eu.. eu não consigo pensar na resposta daquele enigma, mas isso me pareceu que nós deixamos uma brecha no acordo e isso me apavora.. pensar que mesmo se completamos todas as provas ela não nos solte, tudo isso for em vão..

Levei a mão até sua bochecha e sequei a lágrima que teimava em cair.

— Não precisa se preocupar com isso. Eu cuidei para que isso não acontecesse. Assim que você terminar as provas, a maldição irá se desfazer e ninguém, nem mesmo aquela vadia ruiva, poderá impedir.

— Você sabe a resposta? — perguntou ela.

— Sei, claro que sei. A resposta é..

Corte de Almas e LaçosOnde histórias criam vida. Descubra agora