Capítulo 7

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Diana

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Diana

Tomei controle do corpo de Feyre ao fugir, não ousei olhar para trás para saber se a flecha tinha acertado algum deles, só corri o mais rápido que pude na direção do rio, na direção da mansão.

Pude ouvir galhos estalarem e grunhidos atrás da gente, perto demais. Tentei acelerar ainda mais, porém aquele não era meu corpo que estava acostumado a longas horas em uma esteira de academia ou maratonas, era completamente diferente, supus que Feyre não costumava correr atrás de suas caças mas era forte o suficiente para carregá-las até em casa.

Então me pus a fugir a correr o mais rápido que conseguia, controlando a respiração. Minha única esperança de escaparmos com vida era ser mais rápida que eles que estavam cada vez mais próximos de nós

Virei para a direita, saltando por cima do córrego. Água corrente poderia ter impedido o Suriel, mas um chiado e um estampido logo atrás me informaram que não fazia nada para deter os naga.

Merda, merda, merda.

Disparei por arbustos espinhentos, e os espinhos arranhavam minhas bochechas. Mal senti os beijos dolorosos ou o sangue morno que escorria pelo meu rosto. Nem mesmo tive tempo de vacilar, não quando duas figuras escuras estavam ao meu lado, se aproximando para me interceptar. Mas o naga à direita disparou até mim, tão rápido que só consegui saltar de banda a fim de evitar as garras afiadas.

Quase tropecei, mas consegui manter o equilíbrio e continuei de pé no momento em que o naga à esquerda pulou.

— Use o arco, Diana! — Pude ouvir Feyre gritar.

Parei e virei, e com suas orientações, puxei com muita força a corda do arco em um semicírculo amplo. Quase soltei quando atingiu aquele rosto viperino e o osso estalou com um grito assustador. Saltei por cima do enorme corpo caído do naga, sem me deter para procurar pelos outros.

Avancei 10 metros antes de o terceiro naga se colocar diante de mim.

Brandi o arco contra a cabeça dele. O naga desviou. Os outros dois chiaram quando surgiram atrás de mim, e segurei o arco com mais força ainda.

— Estamos cercadas..— um sussurro tão baixo que quase não pude ouvir.

Virei lentamente em círculo, o arco pronto para atacar.

Um deles fungou, aquelas narinas em fendas se dilatando.

— Coisa humana esquálida — disparou ele para os outros, cujos sorrisos ficaram mais afiados. — Sabe o que nos custou?

Eu não deixaria nenhum deles encostar em um único fio de cabelo de Feyre, não cairia sem lutar, sem levar alguns deles comigo. De preferência, levaria todos comigo.

— Vão para o inferno — vociferei, mas saiu como um arquejo.— Prefiro morrer do que deixar vocês encostarem nela.

Eles riram, se aproximando. Golpeei com o arco o mais próximo. Ele desviou, rindo.

— Nós vamos nos divertir, embora você talvez não ache tão divertido.

Trinquei os dentes quando ataquei de novo, mas um deles me segurou pelo pescoço e me atirasse ao chão. Ele bateu com meu braço contra a terra com tanta força que meus ossos gemeram e meus dedos se abriram, soltando o que restava do arco.

— Quando terminarmos de arrancar sua pele, vai desejar não ter vindo até Prythian — sussurrou ele ao meu rosto, o fedor de carniça descendo pela minha garganta. Quase vomitei. — Vamos cortar você tão bem que não vai sobrar muito para os corvos bicarem.

Pude sentir uma chama branca e quente percorrer meu corpo. Ódio ou terror ou instinto selvagem, não sei. Não pensei. Peguei a faca na bota e a enfiei no pescoço encouraçado.

Sangue escorreu pelo meu rosto, por minha boca, conforme eu vociferava minha fúria como uma guerreira, um grito de guerra. O naga caiu para trás. Fiquei de pé antes que os dois restantes pudessem me segurar, mas algo duro como pedra atingiu meu rosto.

Senti gosto de sangue e terra e grama quando caí no chão. Estrelas dançavam em minha visão, e fiquei de pé aos tropeços de novo, e por instinto ou sorte, ainda segurava a faca de caça de Lucien.

— Não desse jeito, não desse jeito, não desse jeito. — Feyre murmurava com medo.

Escutar sua voz foi o suficiente para que meu desnorteamento desaparecesse.

Um dos nagas disparou em nossa direção, mas antes que chegasse perto o suficiente, lancei a faca em sua direção como se fosse um dardo de bar e a lâmina suja afundou em seu olho. Antes que o corpo dele caísse no chão, o outro me derrubou apertando meu pescoço.

— Você vai sangrar — disse ele, sem fôlego, rindo baixo para ao me ver sufocar. — Vou sangrá-la bem devagar. — Ele agitou as garras...
perfeitas para um corte profundo e brutal.

Tapeei a terra procurando qualquer coisa que poderia me ajudar e foi quando ele abriu a boca que enfiei uma pedra nela e com a outra mão joguei terra em seus olhos. Rugindo, ele me soltou e rolei para longe dele, para perto de seu amigo com a faca no rosto e a peguei.

Ao me virar, me deparo com ele praticamente em cima de mim, seguro a faca com as duas mãos, posiciono meus pés na posição certa e deixo que ele caia em cima de mim, com a faca gravada em seu coração. A dor que me atingiu ao chegar ao chão fez com que meus ossos gritassem, eu gritei ao sentir as garras do naga em meus braços.

Com muito esforço, consigo tirar o feérico de cima de mim e é nesse momento que Tamlin aparece, rugindo inútilmente.

Eu e ele nos encaramos por longos segundos. Talvez ele estivesse pensando em como uma garota humana conseguiu lutar contra vários feéricos e ainda conseguir sair com vida. Endireitei minha postura mesmo que todo meu corpo implorasse para que não fizesse mais nenhum esforço, queixo erguido, peito estufado, coluna reta e um olhar fixo e penetrante deixava claro para ele não chegasse perto.

Ele foi o primeiro a desviar o olhar, observando os corpos caídos. Tamlin analisava enquanto se aproximava do corpo que estava na minha frente, com a faca no peito.

— O que foi que aconteceu? Como veio para aqui?— ele perguntou baixo, calmo e um certo tom de preocupação ao ver meus hematomas.

— Eu me perdi — minha voz saiu rouca junto com a mentira.

Tamlin estendeu a mão e eu recuei um passo, mas imediatamente minha cabeça começou a latejar tão forte que caí de joelhos, pude sentir Tamlin me segundo enquanto minha visão ia escurecendo e minha mente cair em uma escuridão.


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Oi, pessoal. Tudo bem?

Que sufoco que as meninas passaram. Diana mostrou um lado que nem eu mesma conhecia, ela ganhou vida 😅

O que acharam?

Obrigada por lerem 🙇🏻‍♀️
Até o próximo capítulo 🙋🏻‍♀️

Corte de Almas e LaçosOnde histórias criam vida. Descubra agora