Capítulo 12

324 58 38
                                    

Diana

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Diana

O baile foi como um borrão de valsa e ostentação, com aristocratas cheios de joias, com vinho e brindes em honra a Feyre. Ficamos ao lado de Nestha, porque ela parecia fazer um bom trabalho espantando os pretendentes curiosos demais na busca de detalhes sobre a fortuna da Archeron mais nova, mas ela tentou sorrir, pelo menos por Elain, que passeava pelo salão, cumprimentando os convidados, e dançava com cada importante filho destes.

Mas continuei pensando no que Nestha tinha dito; sobre como eu havia conseguido lidar com a morte.

Morte.

Eu morri.

E lembro de cada sensação que tive… lembro de cada osso se quebrando, da dor avassaladora que possuiu meu corpo até que por misericórdia do divino meu pescoço foi partido.

Não, eu nunca lidei com a morte, eu a ignorava.

Mas agora, com ela tão próxima, é difícil ignorá-la. Agora mesmo é como se ela estivesse por trás dessas cortinas pesadas só esperando pelo momento certo de ceifar a minha vida.

Com a vida de Feyre.

Não quero vê-la morrer, não suportaria isso mesmo sabendo que ela ressuscita depois. A única coisa que me conforta, mesmo que pouco, é que Feyre, depois que for para a corte noturna, ficará bem e feliz. Aos menos ela poderá ter seu final feliz.

Mesmo que sem mim.

Já passava das duas da manhã, e a festa ainda não dava sinais de acabar. O pai de Feyre fazia companhia a diversos outros mercadores e aristocratas aos quais Feyre tinha sido apresentada, mas cujos nomes eu nem fiz questão de memorizar. Elain ria em uma roda de lindos amigos, corada e brilhante. Nestha se retirara em silêncio à meia-noite, e Feyre não se deu o trabalho de se despedir quando finalmente subiu.

Na tarde seguinte, quando a família Archeron se reuniu na mesa para o almoço, não demorou muito para que mencionaram a família Beddor.

— Clare Beddor — Feyre falou devagar.

— Nossa amiga, lembra? — perguntou Elain.

A mais nova assentiu, pude sentir os olhos de Nestha sobre nós.

Feyre estava em negação, torcendo para ser coincidência mas não era, ela dera o nome a Rhysand e uma família inocente foi massacrada.

Mas antes os outros do que ela. Aposto que foi o que o Rhysand pensou, mesmo que fosse por puro egoísmo e interesse próprio.

Por um instante, foi o que eu pensei.

Senti o estômago de Feyre se revirando, ela lutava contra a náusea que a assolava.

— Feyre? — perguntou o pai dela.

Levei a mão trêmula aos olhos, inspirando. Havia chegado a tão temida hora.

Corte de Almas e LaçosOnde histórias criam vida. Descubra agora