Capítulo 10

536 81 55
                                    

Diana

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Diana

“Ninguém importante”

A voz de Feyre ecoava em minha cabeça e logo sua voz foi mudando para as vozes de outras pessoas.

Professores.

Tutores.

Colegas.

Minha mãe.

Ouvir aquela frase sair da boca da Feyre doía tanto quanto da boca da minha mãe, e eu só a encontrei pouquíssimas vezes na vida.

Minha mãe era uma viciada em drogas, vendia o próprio corpo em troca de dinheiro ou substâncias ilícitas, qualquer que fosse.

Minha mãe não era uma mulher feia, mesmo por baixo da aparência suja e mal cuidada, dava para ver tamanha beleza que ela possuía. Seus cabelos eram num castanho claro que destacava seus lindos olhos azuis, porém eles eram tão vazios e sem brilho que me deixava triste.

A última vez que tive uma conversa com ela, ela me disse que a última vez que tentou ficar limpa foi quando descobriu que estava grávida mas assim que eu nasci ela não aguentou a abstinência e teve uma recaída.

Nossa casa era um barraco que ela conseguiu montar, ela me deixava trancada no banheiro enquanto se prostituía e usava drogas com seus amigos. Até que um dia um deles me descobriu enquanto ela dormia e decidiu se divertir comigo, como apagar cigarros no meu corpo e me fazer usar entorpecentes. Ela disse que acordou com o som do meu choro e me levou pro hospital, as próprias enfermeiras denunciaram ela e minha mãe fugiu me abandonado lá.

“Era mais importante para mim minha liberdade do que você.”

Eu tinha 12 anos quando ela me achou em frente a minha escola e me contou isso.

Sempre soube que tipo de pessoa ela era, uma senhora do abrigo na qual cresci era amiga antiga dela e a própria me contou quem ela era. No entanto, me foi dito que ela havia me abandonado por amor, não por egoísmo.

Nunca fui importante na vida de ninguém, e aprendi que nunca seria depois de ser traída, então não deveria lidar se Feyre me acha ou não importante. Serei apenas um incômodo na sua vida, um parasita ligada em sua alma até o dia que Amarantha quebrar seu pescoço.

A noite passou como um vulto por meus olhos e nem sei quando foi que dormi, não conversei com Feyre no dia seguinte.

Não foi uma surpresa para mim quando em uma certa manhã me deparo com a mansão lotada. Tamlin havia tirar o encantamento que lançou em Feyre e pela primeira vez podia finalmente vê-los, alguns eram altos e humanoides, grão-Feéricos,  outros eram  feéricos de aparência peculiar, como pele escamosa verde e dentes exuberantes ou então eram bem baixos mas com uma aparência que lembrava a algum inseto. Tentei evitar olhar para eles, pois não queria parecer mal educada. E todos, sem exceção, usavam máscaras.

Corte de Almas e LaçosOnde histórias criam vida. Descubra agora