Diana
Após meu encontro com Rhysand, passamos a receber comida quente e fresca três vezes ao dia. Eu saboreava o alimento tranquilamente enquanto Feyre amaldiçoava o parceiro. Os dias foram se passando e Lucien não apareceu, muito menos Rhysand apareceu para nos provocar.
Não tínhamos nada para fazer naquela cela e passei a contar histórias da Disney para Feyre. Tinha esperança que contando os clássicos, ela perceberia qual era a resposta do enigma.
— Então para quebrar a maldição a Fera tinha que amar a Bela?
— Sim, mas esse amor tinha que ser correspondido. Só o amor poderia salvá-los de serem amaldiçoados para sempre..
Podia sentir o gosto amargo na língua, da magia que percorria minha alma.
— Hm..— Feyre parecia pensar.— Eu gostei dessa história..
Minha senhora da bicicletinha, ela se identificou com a história da Bela e da Fera. Já esperava por isso, mas ela não percebeu que eu lhe entregava de bandeja a resposta do enigma.
Suspirei. Feyre pode ser um pouco lerda as vezes, mas eu fui a maior idiota por não ter falado a resposta antes. A maior culpada por ainda estarmos aqui sou eu.
Quando ia começar a recitar outra história, vejo duas fêmeas feéricas chegaram na nossa cela. Elas surgiram pelas fendas, de fiapos de escuridão. Feérica feitas de sombras, as feições quase indiscerníveis, exceto pelos vestidos largos e fluidos de teia de aranha. Eram as gêmeas, possuíam uma beleza encantadora e misteriosa. Não protestamos quando elas nos tiraram da cela, cada uma nos segurava pelo antebraço. Suas mãos eram frias, porém sólidas, como se as sombras fossem um manto, uma segunda pele.
As feéricas subiram conosco por escadarias empoeiradas e corredores esquecidos, até chegarmos a um quarto simples, no qual nos despiram, nos deram um bom banho e depois, começaram a pintar nosso corpo.
O corpo sensível de Feyre se arrepiava a cada pincelada até se acostumar com a sensação, uma das gêmeas a segurava firmemente quando nós nos mexíamos demais por causa das cócegas.
Do pescoço para cima, Feyre estava majestosa. Seu rosto fora adornado com cosméticos, ruge nos lábios, uma pincelada de pó dourado nas pálpebras, delineador nos olhos, e seus cabelos foram presos em volta de um pequeno diadema dourado, encrustado com lápis-lazúli. Mas, do pescoço para baixo, Feyre era como um brinquedinho de um deus pagão. Elas continuaram os padrões da tatuagem em seu braço e, depois que a tinta preto-azulada secou, nos colocaram em um vestido branco esvoaçante.
Não, isso realmente não pode ser chamado de vestido. Era pouco mais que duas faixas longas de tule, largas o suficiente apenas para cobrir meus seios, presas sobre cada ombro com broches de ouro. As partes desciam até um cinto incrustado de joias, preso em nossos quadris, onde se uniam a um pedaço único de tecido que pendia entre minhas pernas, até o chão.
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Corte de Almas e Laços
FanfictionDiana nunca se achou especial, só queria viver sua vida e seguir sua carreira de advogada mas após ter um dia estressante, Diana sofre um acidente e descobre que está dividindo o mesmo corpo que a protanogista do seu livro favorito. Por magia ou ac...