À PROVA DE FOGO

Capítulo 15 (Namjoon)

O sol ainda está nascendo e meu celular está tocando sem parar. Pego o telefone ainda sonolento, mas logo desperto ao ver que é meu pai. Ligando a essa hora, não deve ser coisa boa.

Namjoon: Oi pai...

Pai/Nam: Meu filho, venha para Ilsan agora. Sua mãe não está bem.

Fico paralisado e a única reação que tenho é levantar e arrumar uma pequena mala. Por sorte não acordo Bo-young. Não vou incomodá-la. Depois que eu souber toda a real situação, converso com ela.

Pego meu carro e saio em direção aos meus pais. Chego ao hospital que minha mãe está e meu pai está sentado com as mãos na cabeça.

Namjoon: Pai...

Ele vem até mim e me abraça.

Pai/Nam: Oi, meu filho.

Namjoon: Cadê a mamãe? Ela está bem?

Pai: Ao que parece ela teve um início de ataque cardíaco.

Nesse momento um médico vem até nós.

Med.: Com licença, vocês são os acompanhantes da senhora Lee Nari?

Namjoon: Sim, é minha mãe.

Med.: Bom, o coração dela está muito fraco. Ela precisará de uma marca passo, mas vamos precisar esperar um pouco para fazer a cirurgia. Precisamos que ela se recupere do início do infarto.

Pai/Nam: Esperar quanto?

Med.: Marcamos a cirurgia para daqui dois dias.

Pai/Nam: Ok. Nós podemos vê-la?

Med.: Podem sim.

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Hoje é o dia da cirurgia e durante esses dois dias que passaram eu e meu pai tentamos fazer de tudo para que minha mãe se sinta o mais confortável possível. Estamos sempre trazendo coisas de casa, livros, jogos e ficamos sempre com ela para que não se sinta sozinha.

Além de toda a correria com a situação da minha mãe, tive a infelicidade de encontrar Ye-jin aqui no hospital. Ela se casou com um velho rico, mas parece que ele teve alguns problemas e ela está com ele aqui no hospital. Encontrei ela no dia em que cheguei aqui e conversamos um pouco. Acabei contando sobre Bo-young e que, apesar de toda merda que ela fez, ainda consegui seguir em frente. Na hora ela fez uma carinha de desgosto, mas nem me importei.

Meu pai foi pra casa resolver algumas coisas e estou aqui aguardando. Estou sentando em frente ao centro cirúrgico com a cabeça baixa quando sinto alguém sentando ao meu lado. Vejo que Ye-jin e não falo nada. Ela chega perto e se apoia em mim e eu levanto.

Namjoon: O quê você pensa que tá fazendo?

Ye-jin: Tô lhe dando apoio. Sua mãe está na cirurgia agora, né?

Namjoon: Eu não preciso do seu apoio. Se você quer apoiar alguém, vai apoiar seu marido.

Ye-jin: Aah, Nam, pare com isso. Vai dizer que não sente mais nada?

Ela começa a se aproximar de mim e quando menos espero ela me beija e eu a seguro imediatamente.

Namjoon: Nunca mais faça isso. E não, eu não sinto mais nada por você. Se ponha no seu lugar Ye-jin.

Eu saio dali sem acreditar no que aconteceu. Que mulher descontrolada.

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Hoje fazem cinco dias que minhas mãe fez a cirurgia. Ela recebeu alta e já está em casa. Amanhã volto pra Seoul e vou conversar finalmente ver Bo-young. Ela deve estar furiosa, mas esses dias foram tão corridos que quase não peguei no celular, espero que ela entenda.

Sinto falta dela e estou morrendo de saudades. Não vejo a hora de vê-la.