Depois de uma noite caótica, Amelie Phoenix, uma artista plástica com sonhos grandes e contas maiores, dá de cara (literalmente) com seu misterioso vizinho. O que ela não esperava era descobrir, no dia seguinte, que ele é Logan Aveline, o vocalista...
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Logan Aveline
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Estava tonto, havia tomado metade do comprimido. Minha cabeça não girava mais e isso era bom. Antes eu sentia como se meu corpo estava dentro da bateria de Austin. Sobre a noite passada, eu me lembrava de três coisas: Austin e Mateo cantando Backstreet Boys na ida, ter se apresentado no palco e a pior de todas, ter beijado a lindamente desgraçada da Amelie Phoenix.
Eu não tinha coragem de ensaiar hoje então mandei mensagem no grupo avisando que eu iria sair que era uma coisa que eu realmente precisava fazer. Meu pai estava doente, era depressivo, cheio de problemas neurológicos e entre eles transtorno de estresse pós-traumático. Então decidi ir no hospital aquele dia.
Estava frio para caralho e os moletons mais confortáveis estavam lavando. Merda de clima! Se quando morrer ter como virar um anjo que controla as nuvens eu ficaria brincando com elas fazendo elas baterem uma na outra.
Vou até o meu guarda-roupas que tinha uma porta de vidro e vejo a marca de batom na minha boca. Não tinha nem como fingir que não tinha acontecido.
Passo um papel molhado e esfrego a mão no rosto até sair tudo. Isso me dava vergonha alheia, eu conhecia ela há seis dias e mesmo não lembrando direito sei que fui eu que beijei. Porra, será que eu estou no cio?
O hospital que meu pai estava era particular e eu pagava com os honorários dos shows. Para ser realista era para eles estar em uma clínica para ex-presos que desenvolveram doenças mentais mas eu não era um filho tão ruim.
Minha infância foi em lares adotivos até meu pai ter liberdade condicional aos meus dezessete. Meu pai, Hans Aveline era um viciado, gastou o dinheiro todo em drogas e isso custou a vida da esposa dele que eu acho que ele nem sentiu falta e muito menos remorso. Eu que achei o corpo da minha mãe. Era para eu ter ficado em casa naquele dia e morrido junto com ela.
Um garoto de seis anos voltando da escola de bicicleta com seus amigos do bairro assim que entra dentro de casa vê a mãe morta com trinta e três tiros espalhados pelo corpo. A primeira coisa que eu fiz foi ligar para a polícia. Alguns horas depois meu pai tambem chegou. Ele ficou fora de casa por dias depois da morte da mamãe e quando chegou, estava cheio de sangue. Sangue dos traficantes que mataram a esposa dele.
