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⚠️ Alerta de gatilho: tentativa de estupro e violência.

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Lili

Eu lutava com os meus próprios sentidos para me manter consciente e aos poucos, fui recobrando a minha visão, mas meu corpo se manteve mole como se eu tivesse sido anestesiada. Eu sentia Jensen passar as mãos por minhas pernas, olhando para o meu corpo como um animal faminto.

Ele fez menção de levantar o meu vestido e eu juntei o punhado de forças que me restava para empurrá-lo de leve.

— Não... — resmunguei.

— Cala a boca! — ele disse. — Você vai gostar disso, eu prometo.

Ele aproximou seu rosto do meu forçando-me a beijá-lo. Eu tentava o empurrar, mas ele era claramente mais forte e eu estava totalmente drogada. Minha única alternativa foi morder a sua boca e eu mordi tão forte que senti o gosto de sangue quando ele grunhiu de dor.

— Sua vadia! — estapeou o meu rosto com força e eu senti uma ardência no meu lábio.

Ele me forçou a abrir as pernas e dessa vez, eu o chutei, o que só o deixou ainda mais irritado, me dando um soco no rosto que me deixou muito mais tonta do que eu já estava.

— So...corro... — eu tentava fazer esforço para gritar.

— Você está complicando as coisas! — gritou.

O que ele fez em seguida certamente me fez pensar que eu me encontraria com a minha mãe mais cedo do que eu imaginava. Jensen agarrou o meu pescoço e bateu minha cabeça com força repetidas vezes contra a porta do carro. Logo depois, deferiu inúmeros socos em meu rosto.

— Olha o que você me fez fazer! — berrou.

Eu não conseguia mais abrir os olhos, não ouvia nada além de um zumbido em minha cabeça e quase não sentia as demais pancadas que ele depositou em meu rosto. Naquele momento, eu só me concentrei em não desmaiar.

Senti que ele se afastou de mim e com um pouco de dificuldade, abri apenas o meu olho esquerdo, por tempo o suficiente para vê-lo afastar minhas pernas uma da outra e começar a abrir a sua calça, que marcava uma ereção bem aparente. Era nojento ver que toda a violência contra mim o havia excitado.

Agora não tinha mais nada que eu pudesse fazer. Eu não conseguia ver, ouvir direito, me mexer ou ao menos gritar por ajuda. Minha cabeça doía muito, enquanto meu corpo parecia dormente.

— Lili! — uma voz masculina, que eu não consegui identificar, gritou de longe.

— Ai, meu Deus! Sai de cima dela, seu desgraçado! — agora era uma voz feminina.

Eu senti quando Jensen foi arrancado de cima de mim, felizmente antes que pudesse me tocar. Mesmo com o zumbido, eu ouvia o barulho de socos.

— Ela está sangrando muito! — uma segunda voz feminina falou. — Meu Deus, Lili... — disse com voz de choro enquanto apertava alguma espécie de tecido contra a minha testa.

— Casey, não deixa ele fugir, eu vou chamar a polícia e a emergência! — agradeci aos céus por ouvir um nome conhecido.

— Tudo bem, vai ficar tudo bem. — a voz feminina perto de mim dizia com suas mãos trêmulas que limpavam todo o meu rosto possivelmente ensanguentado.

Abri meu único olho bom e observei Camila com uma expressão de horror e o rosto coberto de lágrimas. Ver a minha amiga assim doeu bem mais do que toda a pancada que eu levei.

— Por favor... não morra... — ouvi ela choramingar antes que eu desmaiasse de vez.

Quando acordei, estava numa ambulância que corria com as sirenes ligadas. Ao meu lado, havia um paramédico que estava analisando meus sinais vitais.

Caindo em Tentação ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora