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Lili

Parei meu carro em frente à mansão Sprouse. Assim que eu, Camila e Casey descemos, entreguei minhas chaves para o manobrista e nós três atravessamos os portões abertos da entrada, caminhando sobre uma estrada de pedras cercada por uma grama bem verdinha.

— Eu duvido que todo mundo aqui seja amigo da Stephanie. — Camila disse. — Ela é insuportável quando quer ser.

— Eu acho ela um ser excêntrico. — Casey disse. — Como uma rainha má.

— Está mais pra princesa nojentinha. — falei.

Nós entramos na sala onde a festa acontecia e eu tive que me concentrar pra não ficar tonta diante daquelas luzes de boate. Todo mundo dançava, bebia e também usava suas coisas ilícitas sem preocupar-se com as pessoas ao redor.

— Aquela garota acabou de usar uma nota de cem pra cheirar cocaína. — Camila disse apontando para o bar. — Que estilosa! — sorriu.

— Meus melhores amigos chegaram! — avistei Stephanie vido até nós de braços abertos e abraçou um a um. — Camila... — a olhou de cima a baixo. — Tem muito tempo que você não sai, não é? — riu.

— Eu vou te ignorar, tá? — Camila forçou um sorriso, deu as costas e se afastou indo para o bar.

— Casey se esforçou um pouco hoje, pelo que vejo. — tocou a jaqueta de Casey com as pontas dos dedos. — Qualquer um que te visse, diria que você é gay! — falou aquilo em tom de aprovação.

— Hum... tá... eu vou pegar algo pra beber. — ele praticamente saiu correndo, me deixando a sós com a fera.

— E você, meu bem. — Stephanie segurou meu rosto entre suas mãos. — Está linda.

— Estou? — arqueei a sobrancelha sem acreditar que ela não faria nenhuma crítica.

— É. Você já passou por muita coisa, melhor deixar que essa noite seja leve, então não vou te deixar preocupada com a sua maquiagem. — fez seu melhor olhar de carinho mesmo com a última frase ácida.

— Essa foi a coisa mais gentil que já me disse, parabéns, está evoluindo! — debochei. — Seu papai deixou você fazer essa festa?

— Ele está em outro país a negócios. — sorriu de lado. — Ah, merda... — resmungou olhando por cima do meu ombro.

— O que? — virei-me para olhar e vi a única pessoa que não queria ver naquela noite.

— Eu juro que não o convidei, ele deve ter ficado sabendo e apareceu. — Camila suspirou pesadamente. — O pior é que se eu o mandar embora, ele vai avisar ao papai que eu faço festas em sua ausência.

— É melhor eu ir para casa. — tornei a ficar de frente para ela. — Eu realmente não quero estar no mesmo ambiente que ele.

— Ai, não, por favor, não vai! — juntou as mãos em súplica. — A casa é grande, você não precisa ficar perto dele.

— Steph, eu não sei...

— E que tal se eu abrisse um dos uísques de cinquenta anos do papai só pra você? — me olhou de forma sugestiva.

— Bebida cara que eu nunca provei na vida? Opa! — sorri.

— Ótimo! Vai lá no bar, te encontro daqui a pouco.

Stephanie foi correndo em direção ao escritório do pai e eu segui até o bar tentando me esconder entre as pessoas para que Dylan não me visse. Eu odiaria ter que falar com ele, já que evitei fazer isso nas últimas semanas. Sentei ao lado de Camila, que entornava doses de vodka, uma atrás da outra.

Caindo em Tentação ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora