Teste

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Eun-ji, caminhava tranquilamente pelo corredor extenso, batucando suas unhas no copo de café. Era tudo que ela precisava naquela manhã sem movimento.
Ao virar à direita do corredor, empurrou a porta de vidro analisando o tablet que estava na cabeceira, e nada tinha mudado, o suspiro frustrado da jovem médica, deixava claro a exaustão em busca de alguma reação.

" Eu só preciso de um sinal. " ela implorou de olhos fechados.

Ao escolher medicina, Eun-ji sabia todas as possibilidades que enfrentaria. Tantos casos, tantas vidas já passaram por ela, tantas histórias repletas de riqueza.
Mas por ela também já passou a morte. Ela aprendeu a ser forte nesses momentos, mas nem sempre seu coração era capaz de compreender.

E para Eun-ji, pior que a morte era o coma. Preso entre dois caminhos, sem saída, com apenas um fio entrelaçado no relógio da vida.
Seu paciente estava em coma há dois meses. Um jovem músico, que está preso entre a vida e a morte depois de um grave acidente.
A família apesar dos pesares, estava disposta a abrir mão de tudo, e se fosse preciso poderia desconectar o jovem dos aparelhos. Se não tivesse qualquer resposta, o corpo dele iria começar a se desfalecer aos poucos.
Por essa razão nos últimos dias, Eun-ji rezava todos os dias para que o homem desse um sinal para que ela não desistisse dele, para que ele não desistisse da vida.


Sua lamentação dissipou com a correria que ocorreu a seguir. Emergência.
Ela correu até o balcão colhendo a informação do acidente e analisando quão crítico era o estado do paciente.
Eun-ji parou por um momento, como se a vida naquele momento estivesse em câmera lenta.

— Corta.

A voz da diretora trás Eun-ji ou Sun-hi de volta a realidade.

— Me desculpa, eu esqueci a próxima cena. – ela se justifica receosa.

— Sem problemas, Sun-hi! Você estava perfeita – Kim Da-yun encoraja a atriz. — Eu já sei qual o problema.

Ela sorri solidária mas sua irritação é visível.

— Ninguém para os testes? – ela questiona seu assistente.

Desde que começaram as gravações do seu novo drama, seu estresse seria capaz de fazê-la se tornar paciente da Doutora Eun-ji.
A aposta para essa nova história tinha sido grande, e ela ainda tinha receio se iria causar os mesmo impacto quando teve a ideia, se seria algo que o público apreciasse assistir. Seu problema da vez, era encontrar um ator que se encaixasse perfeitamente no seu personagem criado. Todos os testes feitos, todas as seleções não resultaram em nada, ninguém conseguiu trazer a essência de Ji-hoon, mesmo que a essência dele fosse ser um cara em coma.

— Tínhamos mais duas opções – seu assistente responde — Um desistiu. Só nos resta um e ele é um idol. Sei que você não concorda totalmente com a ideia de ter Idols em cena, mas ele é a nossa única opção é pode trazer público para o drama.

Da-yun encarou o jovem, que implorava pela vida com seu olhar meigo. Ele não tinha culpa se tudo estava dando errado para diretora. No entanto no momento ela não queria público. Ela precisava de um Ji-hoon, nada mais.

— Tudo bem!Chama quem quer que seja pra esse teste. É minha última esperança, assim como é da Eun-ji em relação a vida de Ji-hoon.

Kim Da-yun encerrou por hora o trabalho no estúdio, até o pretendente a vaga aparecer para teste.

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— O que acha? Vai fazer o teste?

— Eu sou a última opção? – ele faz uma careta — Essa diretora não conseguiu ninguém pra fingir de quase morto?

— Ela quer algo além disso – o amigo da tapinhas encorajadores em Kim Seokjin —. Entregue isso pra ela.

Através dos seus olhos [ Kim Seokjin ]Onde histórias criam vida. Descubra agora