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Melanie Milles

— oie - dei meu melhor sorriso.

Logo ela me abraçou forte e segurou na minha barriga.

— ele ou ela vai nascer com saúde!

— como sabe disso? - perguntei.

— minha mãe é cigana - Cris disse.

— ah, legal. Entrem eu fiz lasanha.

— ótimo, eu estava morrendo de fome.

(...)

Na mesa a mãe de Cris comia igual um hipopótamo.

Confesso que eu não esperava isso e fiquei um pouco desconfortável com a presença dela.

— como se conheceram?

— Cris me observava quando eu tinha 14 anos e eu conheci ele matando uma pessoa - sorri.

— o casal perfeito, sabe quantas pessoas eu matei?

Matou?

— quantas? - perguntei enquanto Cris ficava de fora.

— 377 pessoas!

— nossa, eu matei 80 eu acho, não lembro.

— e você Cris matou quantas? - a mãe dele perguntou.

Cris parecia calado e sério.

— 947 - deu de ombros.

Confesso que fiquei surpresa, mais o que eu mais queria saber é como ela tá viva.

Enquanto a mãe de Cris comia a panela toda chamei Cris pra conversar.

Entramos no meu quarto e comecei a falar;

— por que sua mãe tá aqui? Como ela tá viva?

— lembra que eu te disse que eu não fui no velório dela e nem no hospital?

— lembro.

— ela fugiu de lá e ficou alguns anos se recuperando.

— tá me dizendo que ela ficou todos esses anos longe de você e agora tá melhor?

— sim.

— como você acreditou nisso Cris? O que tá acontecendo? Como uma pessoa vai ficar 18 ou sei lá quantos anos se recuperando?

— não começa Melanie!

— eu não tô Cris, essa mulher é estranha.

— essa mulher é minha mãe!

Então ele saiu dali com raiva e voltou pra mesa.

A mãe de Cris tinha sujado tudo e estava sorrindo igual uma criança.

— desculpinha, vou pra sua casa Cristhofer.

Então ela saiu dali.

Legal, mais coisa pra mim limpar.

— deixa que eu te ajudo a limpar.

— tá vendo, essa mulher é estranha!

(...)

Depois de Cris ter me ajudado a limpar tudo fui pro banheiro tomar um banho.

Sentia a água morna em contato com meu corpo me deixando aliviada.

Logo ouvi a porta sendo aberta e Cris ali semi nu em minha frente.

Ele se aproximou ficando colocado em mim.

— o que tá fazendo?

— só uma rapidinha Mel...

(...)

— eu preciso ir tá bom? - Cris falou enquanto se levantava da cama.

— tá bom, eu te amo.

— te amo! - falou me dando um beijo.

Cris saiu dali e eu só consegui pensar na mãe dele.

O que ela queria depois de ter ficado anos longe de seu filho, e aparecendo agora com uma desculpa esfarrapada?

Eu precisava saber, eu tinha que saber!

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Maratona 4/5

Desculpem qualquer erro ortográfico.

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