Ele não estava na cabana quando acordei. Não estava surpresa, afinal, sabia que ele não podia ficar muito tempo pois tinha coisas a fazer. Mas seria mentira dizer que não fiquei frustrada.
Passei o dia inteiro tentando me distrair mas não tinha muita coisa pra fazer. Tentei ler o livro de receitas, mas para ser sincera eu mal conseguia concentrar a minha atenção nele, mas não é para menos.
Eu tive o meu primeiro beijo!
Tive meu primeiro beijo com o inimigo do meu irmão. O mesmo homem que me sequestrou, que está me mantendo em cárcere e que me amedronta por puro prazer.
Deus!
Onde eu me meti?
Sempre fui uma garota romântica. Ainda criança eu já tinha em mente que só me envolveria com alguém que eu tivesse sentimentos verdadeiros.
Eu lia livros sobre garotas que se apaixonavam e entregavam a alma a alguém. A minha mãe mesmo me dizia que a sensação de se estar com alguém quando se entrega o coração é algo de natureza indescritível. Eu queria isso. Viver minhas primeiras vezes com alguém que eu amasse e não com um estranho.
Bom, acho que foi por isso que cheguei aos vinte e dois anos sem nunca ter beijado ninguém e sendo a piada do meu grupo de amigas da faculdade, já que, enquanto elas estavam bebendo e se divertindo com os caras eu ficava na biblioteca, ou no café, lendo um livro.
Nunca imaginei que meu primeiro beijo seria roubado. E oque me deixou mais surpresa foi a reação que se abateu sobre mim. Eu fiquei tão assustada, e depois, do nada fui consumida por uma onda de sentimentos e sensações brutas que me engoliram completamente.
Eu correspondi.
Ou pelo menos tentei corresponder. Foi tão estranho no começo, porque, eu me lembrei de uma das conversas que tive com minhas amigas sobre isso uma certa vez, onde elas diziam que na primeira vez eu tinha que imitar os movimentos do homem. Mas foi praticamente impossível. Dylan me beijou com tanta ferocidade que eu seria incapaz de fazer igual. Eu não tinha a mesma aura que ele.
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Inevitável (MC ABISMO Livro 4)
Любовные романыComo uma romântica incurável, Bela sempre sonhou em experimentar aqueles romances de filmes que deixam as pernas bambas e fazem o coração acelerar no peito. Aos vinte e dois anos de idade, ainda não havia sentido nada parecido com o amor que seus p...