Capítulo 25

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    Ainda bem novo eu já tinha uma visão própria da sociedade

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    Ainda bem novo eu já tinha uma visão própria da sociedade. Nas ruas observando os carros chiques e novos passando ao lado dos velhos e enferrujados. A polícia perseguindo um ladrão da periferia enquanto políticos ricos roubavam milhões dos cidadãos. Até mesmo as crianças, que enquanto algumas não tinham quase nada, outras esbanjavam. 

   Foi naquele momento, aos doze anos, observando um colega de classe chegando na escola vestindo uma blusa de marca enquanto outro não tinha oque lanchar, que eu percebi o quanto esse maldito mundo era injusto e falho. 

   Anos depois criei os gárgulas. 

   Pessoas são como ovelhas, elas precisam de um pastor. De alguém que as guie e de ordens. Que as comande. Antes dos gárgulas chegarem a cidade o pastor era o governo. Ele tirava o dinheiro delas com a desculpa de ser um "imposto" que voltaria para a cidade mas isso não passava de uma mentira bem contada.

   Os impostos eram pagos mas nada mudava. Sempre foi assim. As escolas continuavam sem professores. Os doentes não tinham um hospital bom pra se tratar. As vitimas que recorriam a polícia eram ridicularizadas, forçadas a escrever boletins de ocorrência de casos que nunca seriam de fato investigados.

  Imbecis iludidos.

  Era isso oque eram. Mas não os culpo. As pessoas acreditam no que precisam pra manter a esperança. 

  Como crianças sendo enganadas pelos pais: "Se você comer tudo, vai ficar forte que nem o Homem aranha" ou "Na volta comprarei o brinquedo que quer"

  Tudo não passa de uma mentira. Mas uma mentira bem contada pode ser até bonita de se ouvir.

  Os gárgulas podem ser considerados criminosos. E somos. Não nego que sou um homem ruim. Mas pelo menos eu não conto mentiras. Eu escondo a verdade, mas nunca digo algo, ou faço uma promessa que não irei cumprir.

  Os "impostos" que eu cobrava dos moradores de Albany, no início da criação do clube eram todos para o meu benefício. O dinheiro era usado pra engrandecer o meu império. E por mais que falem, eu não sou um completo filho da puta. Quando o contrato internacional foi selado com os mexicanos, eu criei uma "ong" pra ajudar os sem-teto. Tudo bem que a minha intenção principal era lavar o dinheiro, mas isso não vem ao caso.

Inevitável (MC ABISMO Livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora