Epílogo

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Enquanto a madrugada acabava de chegar com seu vento barulhento, uma briga acontecia em um beco imundo ao lado de uma boate detestável aos olhos de quem residia ao redor. Os grunhidos baixos de alguém passaria despercebido, porém todos da região estavam cientes do que acontecia durante a noite e nenhuma alma se atreveria nem ao menos observar pela fresta da janela o causador de ruídos incompreensíveis que o vento carregava.

A pele ardia a cada vez que o vento passava por si, abaixou sua cabeça tentando recuperar o fôlego, não estava perdendo, mas a bebida no sangue já queria o derrubar, piscou algumas vezes para olhar para o rosto do homem sangrando em sua frente, não entendia o que exatamente causou a ira do rapaz ou pelo menos nem se lembrava. Escutou o desconhecido dizer algo, mas não prestou atenção, se recusava a fugir e só acabaria aquilo mais rápido para poder ter tempo antes do amanhecer. Passou a mão pelo cabelo e viu o rapaz vim correndo, o nocauteou rapidamente e assim terminou o que nem deveria ter acontecido.

Se empurrou para a saída do beco e foi rastejando até em casa, as luzes da rua piscava freneticamente, ninguém se atrevia ir até ali consertar, a rua era abandonada até pelos moradores. Assim que chegou em frente a sua casa, uma viatura da polícia passou silenciosamente quando a viu se virou para tentar esconder seus machucados, sorte de que já estava em frente a casa e entrou rapidamente, olhou pelo buraco pequeno que tinha na porta esperando desaparecer da vista, a polícia passava por ali só para assustar e ir embora. Subiu os degraus e respirou fundo quando entrou. Se jogou no chão gelado e suspirou mais uma vez fechando os olhos, sentiu o álcool fazer seu corpo pesar e dormiu por ali mesmo.












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