Pond abriu os olhos devagar, percebendo ter adormecido na sala. Sentiu as costas doerem e se levantou com dificuldade. Joong ainda dormia pesadamente; o amigo parecia tranquilo quando não estava naquele lugar horrível. Pond sorriu para si e decidiu se levantar para sair. Tinha uma reunião às oito para decidir o conceito da festa de uma década da empresa. Ao se preparar para sair do sofá, uma mão o puxa de volta.
- "Ia me deixar aqui como a última vez? Não se atreva preciso participar da reunião, você só escolhe modelos que sempre nos deixam na mão" - minha memória volta para ontem, assentiu e ajudou o amigo a se levantar
- "Não iria lhe deixar, primeiro tomaria banho e depois acordaria você" - me defendo da acusação verdadeira e o vejo sorri. Descemos para a garagem, dou uma olhada nos carros e observo um familiar ao lado do meu, alguns segundo olhando sinto Joong me cutucando.
- "Fala logo, isso dói" - mantenho meus olhos no carro, verificando cada detalhe para acatar a dúvida que crescia a cada momento.
- "Olha pro lado, seu idiota" - A cena se desenrolava diante dele, e a voz desesperada o fez virar o rosto imediatamente. Seus pés pareciam presos, e a respiração não obedecia, como se tivesse sido desligada por um interruptor invisível. O estômago dançava em compasso com a música que sua mente tocava, como um pequeno rádio sintonizado em uma estação desconhecida.
- "Ele está olhando como se fosse nos matar, por minha segurança eu vou para o carro" - Joong retira as chaves do colega e entra no carro para se esconder da futura interação.
Phuwin não se surpreendeu ao ver o chefe, ele sabia que o homem morava no mesmo prédio que ele desde que se mudou há dois anos. No entanto, nunca haviam se encontrado antes. Pond o olhava estranhamente, como sempre. Phuwin não conseguia decifrar as expressões que o rapaz lhe dirigia toda vez que se encontravam.
- "Bom dia, chefe." - Pond retribuiu de imediato
- "Você mora aqui, eu não sabia" - Phuwin assentiu
- "Divido com o Dunk, e você mora com o Joong? Eu vi ele entrar no carro como se tivesse fugindo" - sorriu ao terminar de falar, não queria ser intrometido, mas sua curiosidade era bem maior que a educação.
- "Ele veio dormir na minha casa, a casa dele é um pouco mais longe, então eu o trouxe já que estava tarde" - sua explicação longa fez Phuwin sorrir na mente, assentiu uma última vez e ali se despediram, não tinham mais nada a compartilhar. Pond acreditava que sua manhã tinha começado radiante.
Joong sorriu com a conversa, imaginando como a mente de Pond estaria. Viu o amigo entrar no carro e abrir um sorriso que nem um idiota.
- "Ele consegue ser tao bonito logo de manha, agora que eu o vi nada pode estragar meu dia" - Pond observou que o rapaz olhou ao redor tentando disfarçar algo. - "Aconteceu algo? Porque parece que você tem alguma coisa que vai estragar meu dia" - com tristeza, Joong mostrou as mensagens no celular do gerente do espaço que haviam alugado para a confraternização.
O conteúdo da mensagem fez Pond sentir uma raiva avassaladora. Toda a beleza do anjo que ele havia visto desapareceu, e ele encostou a cabeça no volante, sentindo uma lágrima escapar. Não conseguia conter suas emoções.
Joong, vendo o amigo em desespero, também não conseguiu conter as próprias lágrimas. Abraçou Pond e sussurrou: "Vai ficar tudo bem." Passaram-se alguns minutos enquanto tentavam se acalmar e decidir o que fariam nos próximos oito dias.
- "Você chorando como se não fôssemos fazer funcionar, relaxe e deixe eu resolver." - Graças à infância questionável, seus olhos não tinham botão de desligar. Ele olhou o amigo confiante e assentiu sorrindo.
