O apartamento bagunçado refletia uma certa incompetência e, talvez, uma preguiça por parte de Joong. A presença de várias caixas marcadas com a palavra “lixo” indicava que o jovem tinha o hábito de não descartar nada. Gemini espirrava incessantemente devido à poeira inesperada, observando todas as caixas e móveis que dominavam a sala, suspirou, pensando que talvez devesse atear fogo em tudo.
— “Você vai criar raízes se continuar parado” — disse Joong, enquanto segurava uma vassoura e a passava pelos pés do irmão. Gemini ficou assustado, coçando os pés com irritação.
— “Eu estava pensando se deveríamos levar alguma coisa.” — Gemini falou, olhando ao redor em busca de algo para pegar.
— “Eu acredito que apenas as fotos valem a pena, guardei muitas coisas ao longo da vida e a maioria é inútil.” — Joong explicou, pegando a caixa de fotos. — “Vou colocar isto no carro e depois volto para jogar essas coisas fora.”
— “Vou pegar algumas e jogá-las” — Gemini gritou, lançando um olhar determinado para as caixas antes de reunir coragem para começar.
— “Onde eu coloco o lixo?” — Gemini procurava o grande baú onde antes se colocava o lixo, mas não estava lá.
— “Cadê o baú gigante que estava aqui?”— “Não existe há muito tempo, coloque na calçada que o caminhão leva.” — Joong apontou para o poste próximo à sua casa e subiu as escadas para buscar outra.
— “Tem caminhão agora? Isso é fantástico.” — Gemini falava com um tom sarcástico enquanto pegava outra caixa. Joong sorriu, mas nada tinha a dizer. — “Estive pensando… que tal prepararmos um jantar e convidarmos todos?” — Gemini fazia a pergunta hesitante, antecipando uma possível resposta negativa na mente.
— “Parece uma boa ideia, mas precisaremos comprar uma mesa grande para acomodar tantas pessoas” — disse Joong, pegando outra caixa. — “Vamos terminar isso e depois conversamos.” — Joong falou e desceu as escadas. Gemini sorria, radiante de felicidade, contendo-se para não gritar, às vezes, ele esquecia que seu irmão faria qualquer coisa por ele.
Em um parque recém-inaugurado nas proximidades, Pond estava sentado em um banco ao ar livre, esperando alguém. Ele tentava acalmar sua ansiedade, porém seu coração batia mais rápido ao pensar na pessoa que iria encontrar. Observando os casais de mãos dadas que passavam, alguns cumprimentando com um 'boa noite' e aparentando felicidade, Pond queria um relacionamento tranquilo, desejando profundamente que seus sentimentos fossem correspondidos.
— “Boa noite, você está sozinho?” — perguntou a mulher desconhecida ao se sentar, surpreendendo Pond que estava distraído com seus pensamentos. — “Você é bonito demais para estar sozinho.” — A moça tentava seduzir com o olhar, porém Pond não havia notado.
— “Eu estou esperando alguém.” — Pond se levantou e deparou-se com Phuwin.
— “Vamos?” — Phuwin desconsiderou a mulher, conduzindo o jovem para dentro. — “Esperou muito tempo?” — Phuwin fez a pergunta timidamente, observando algumas crianças se divertindo com pistolas de água.
— “A espera valeu a pena, você está lindo” — disse Pond impulsivamente, sorrindo ao avistar o outro se envergonhar. — “Sei que não era o encontro que você esperava, mas o fechamento repentino do restaurante não estava nos meus planos.” — Pond explicou enquanto conduzia o rapaz a um dos jogos.
— “Não se preocupe, em meio a tantas luzes, você está perfeito.” — Phuwin comentou, sorrindo ao perceber o olhar do outro fixo nele.
— “Está sentindo a magia?” — Phuwin perguntou, rindo enquanto colocava a mão no peito de Pond.— “Deveríamos brincar” — Pond disse nervoso, agarrando os aros para lançar nos alvos. Phuwin deu mais uma risada, mantendo o foco para vencer todas as partidas.