Capítulo 9

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Dunk estava sentado, desesperadamente procurando algum restaurante. Normalmente, ele comia qualquer coisa quando estava só entre amigos, mas não queria passar vergonha na frente daqueles dois. 

Force conversava com Book sobre o convite repentino, enquanto Phuwin saía do segundo banho, amaldiçoando todos que estavam presentes. 
— “Por que você está sendo insuportável? Ele é meu ex, mas sempre foi meu amigo” — Dunk ouvia a conversa surpreso, ele não queria se intrometer na discussão, mas nunca passou pela sua cabeça algo assim.

Mas, Phuwin se encontrava indignado. — “Como pode chamá-los se vocês nem se resolveram com o passado?” — Dunk não estranhou o amigo abrir a boca, na verdade, ele achou que até tinha demorado.

— “Fomos amigos por muito tempo, trabalhamos juntos e namoramos pouco e terminamos na paz, mas cada um foi para seu lado. Fim da discussão, vamos pedir pizza.” — Todos assentiram quietos, já que o ponto final foi colocado por Book, ninguém se atreveu a questionar mais nada.

Book saiu do apartamento, ignorando o noivo. Ele precisava respirar sem tanta gente o encarando. Já se passavam das seis, e ele admirava o céu escuro pela janela do corredor.

Não havia sido sincero com Joong no passado, mas agora esperava finalmente pedir desculpas. 
— “Oi, o que faz encarando o céu?” — a voz de Pond retira o outro dos pensamentos, o sorriso se desfez quando percebeu a falta de outra pessoa.

— “Veio sozinho?” — A curiosidade do outro fez Pond estranhar, talvez Joong tinha razão sobre esse jantar.

— “Joong saiu do elevador e uma senhorinha pediu ajuda com as compras, chegamos um pouco cedo, mas trouxemos bolo.” — explicou sem parar, vendo o rapaz assentir, queria perguntar o motivo do convite, mas era melhor deixar o assunto quieto.

— “Vamos entrar, a comida ainda não chegou.” — abriu espaço para o outro entrar, esperou por alguns segundos para acompanhá-lo.

Phuwin andava pela casa procurando algo para fazer, quando a porta foi aberta, o coração quis pular para fora.

— “Boa noite, desculpem o incômodo.” — Pond observava como Phuwin estava deslumbrante, os cabelos molhados faziam a mente dele trabalhar freneticamente.

Dunk e Force observavam a cena estranhamente suspeita daqueles dois. A campainha sendo tocada assustou todos no ambiente silencioso. Joong, que estava do outro lado, queria se explodir imediatamente. Enquanto ajudava a velhinha, pensou muitas vezes em aproveitar para fugir. 

A porta rangeu ao ser aberta por alguém do passado, e ele se viu novamente confrontado com a pergunta: por que estava sendo forçado a reviver e enfrentar aquilo mais uma vez? O “oi” tímido trocado entre os dois tornava a situação ainda mais estranha do que deveria ser.

A casa não correspondia exatamente às suas expectativas; os móveis harmonizavam com o ambiente e as cores suavizavam seus olhos. No entanto, ao observar os rostos voltados para ele, sentiu um calafrio mental. Procurou ao redor o seu motivo de estar naquele jantar, e não o encontrou.

— “Joong, espero que fique à vontade. Vou buscar o nosso pedido.” — Force foi o primeiro a encerrar o silêncio, sorriu para ele e saiu logo depois.

— “O Dunk foi para o quarto, daqui a pouco ele chega.” — Phuwin responde à curiosidade expressada no seu rosto. O celular de Joong começou a tocar com uma ligação do irmão, pediu licença, se dirigindo à varanda.

Ligação on

— “É difícil receber uma ligação sua” — a indignação na voz dele fez Joong rir.

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