VII

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—Katrina!— Ouço alguém me chamar e vejo que é Tom.

—Bom dia?

—Seu pai te chamou para uma conversa em família.

—Minha mãe está aí?—Pergunto me levantando da cama e indo pro banheiro.

—Não!

—Não?—Eu volto pro quarto com a escova de dentes na boca.

—Tem uma nova mulher lá embaixo, nunca a vi aqui na cidade.

—Nova mulher? Preocupante.

Volto pro banheiro, fecho a porta e tomo um banho. Saio, seco as tranças, passo perfume pelo corpo ainda molhado para fixar melhor e visto uma roupa.

 Saio, seco as tranças, passo perfume pelo corpo ainda molhado para fixar melhor e visto uma roupa

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Ao descer as escadas, pude ver Tom ao lado de Potter, ambos se olharam e me olharam.

—Está tudo bem?—Pergunto e antes de qualquer um responder ouço a porta do escritório se abrir.

—Katrina!—Meu pai fala e eu reviro o olho.

Me viro pra ele e quase caio pra trás ao ver ele de mãos dadas com uma estranha qualquer.

—Eu espero que ela esteja perdida e você esteja levando ela até o lugar certo, mas o puteiro mais próximo daqui é a umas 30 quadras.— Falo e vejo a loira rir com deboche.

—Katrina, quero te apresentar a Emily. Essa é sua madrasta.

Sinto o mundo girar e fecho os olhos, alguém me pega pelo braço e me leva até o sofá, onde começa a me abanar com as mãos.

Minha consciência vai voltando e eu abro os olhos vendo Tom.

—Você está bem?—Ele pergunta e eu balanço a cabeça.

Eu estava sentada no sofá, tentando processar a notícia que meu pai acabara de me dar. Emily a nova madrasta, estava ali de pé, sorrindo como se fosse a coisa mais natural do mundo. Eu me senti tonta, como se o chão tivesse sumido sob meus pés.

—Pai, onde você arrumou essa mulher?—  Perguntei, minha voz vacilante revelando minha confusão.

Ele me apresentou a mulher ao seu lado como se fosse a coisa mais simples do mundo, como se não tivesse importância o fato de minha mãe ter desaparecido de nossas vidas sem explicação. E eu? Eu estava sentada ali, tentando juntar os pedaços do que sobrou da minha família.

—Pai, onde está mamãe?— Eu insisti, minha voz ganhando um tom mais áspero. —Por que ela não está aqui?

Ele tentou responder, mas suas palavras soavam ocas, como se fossem apenas desculpas ensaiadas para acalmar minha inquietação.

—Por que você não pergunta a Emily sobre a rotina dela?— Ele sugeriu, evitando o assunto delicado.

Aquilo foi demais para mim. Emily, com seu sorriso falso e sua presença intrusiva, ousava se intrometer em nossa conversa.

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⏰ Última atualização: Feb 25 ⏰

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𝔓𝔯𝔬𝔱𝔢𝔤𝔦𝔡𝔞 𝔭𝔢𝔩𝔞 𝔬𝔟𝔰𝔢𝔰𝔰𝔞̃𝔬 || 𝔗𝔬𝔪 𝔎𝔞𝔲𝔩𝔦𝔱𝔷Onde histórias criam vida. Descubra agora