capítulo VII

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 Mel estava debruçada no ramo da árvore, escondida pela folhagem da amendoeira. De repente, os arbustos abanaram e um rapaz que deveria ter os seus dezasseis anos entrou na clareia. Era alto, de cabelo branco pelo quixo, olhos roxo e fazia lembrar a Mel um modelo vestido de t-shirt e calções de banho, mas algo lhe chamou a atenção, por cima da cabeça dele, encontrava-se um par de orelhas brancas e uma cauda de raposa também branca. Mel estava apavorada. O rapaz tirou a t-shirt e entrou dentro de água, e quando este mergulhou, Mel chegou-se mais para trás no ramo. Ele veio á superfície em poucos segundos, e Mel sentiu se atraida por aquele rapaz. Afinal, ele até que era bonito, e provávelmente, as orelhas e a cauda eram falças. Mel continuou quieta no ramo da árvore «Ele não me consegue ver daqui» pensou. De repente, a jovem sente algo na mão e empalidece ao ver que uma enorme e peluda aranha andava na sua mão e Mel abana-a para que o enorme bicho caia, mas ao faze-lo, juntamente com a aranha, caiem também e o rapaz subressaltado, olha em redora, para ver se não estava lá ninguém.
-Deve ter sido só o vento- disse em voz baixa.
Mel não podia ficar ali mais tempo, por isso, aproveitou o facto dele estar distraido, para descer. Ao chegar ao chão, começa a andar silênciosamente, até pisar um ramo e este estalar. Desta vês, o rapaz saltou para fora de água, vestiu a t-shirt e perguntou:
-Quem está aí?
Mel manteve-se em silêncio e começou a andar de novo sem fazer barulho. Um grande erro, pois um metro mais á frente, pisou outro ramo que estalou. O rapaz correu na direção do som a toda a velocidade, e Mel em pânico, desatou também a correr. Aos poucos, a rapariga começou a perder terreno, pois ele era bastante rápido, e não tardou a estar mesmo atrás dela. Para tentar ganhar terreno, Mel fez a curva mais apertada que conseguiu, e resultou. O rapaz derrapou mas continuou a correrm, e Mel deu meia volta, regressando á lagoa. Tinha pouco tempo para se esconder até ele a voltar a apanhar, e como já se ouviam os passos dele mais á frente, escondeu-se atrás da amendoeira, sem fazer barulho, até o rapaz aparecer, e desta vez, Mel não tinha saida, estava encurralada pelo estranho rapaz que se aproximava lentamente da amendoeira.

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