Ameerah é uma princesa do país de San Par e única herdeira da família D'Auvergne. Órfã de mãe, ela se preparou desde criança para se tornar a rainha dos Quatro Reinos.
Com seu futuro já traçado, ela está prestes a se casar com o príncipe Harry, filh...
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— Eles estão morrendo — a mulher fala olhando para o homem.
— Faça o que achar melhor, minha amada Lisa.
— Transforme o outro.
Meus olhos estão cansados, eu quase estou fechando os olhos novamente quando os da mulher se encontram com os meus.
— Mamãe.
Fiquei observando os dentes caninos da mulher enquanto ela avançava para meu pescoço como um animal selvagem. Senti uma dor horrível e gritei, sentindo-me desvanecer lentamente.
Não sei se era pela surra que levei, pela perda evidente de sangue, ou pelo fato de a mulher com o rosto de minha mãe estar me atacando e sugando a vida que restava em mim.
Ouço os gritos de Haniel, mas não consigo lutar ou ajudá-lo; mal posso me ajudar, meu corpo está fraco e meus olhos querem se fechar, mas tenho medo de me perder na escuridão.
Tento lutar contra ela, mas o que eu mais temia aconteceu: a escuridão finalmente chegou e eu cedi a ela.
De repente, ouço a voz da mulher. Ela está com a boca suja de sangue e o braço esquerdo sangrando.
— Beba, querido — ela diz. — Por favor, beba.
Ela aproxima seu braço à minha boca, e gotas de seu sangue caem entre meus lábios.
Viro lentamente a cabeça para o lado direito e vejo Haniel. Ele está usando um longo sobretudo preto que quase alcança seus calcanhares e está se levantando, limpando a boca.
Ele passa a mão pelos lábios, ainda sujos de sangue, e olha para a mulher.
— O sangue dele é delicioso. Devemos mesmo salvá-lo?
— Ele tentou salvar Damon, então merece uma segunda chance.
— Mamãe...
Falei tão baixo que soou como um sussurro, mas foi suficiente para fazer a mulher me olhar. Seus olhos pairam sobre mim, sua voz calma e doce, me lembrava de sua serenidade. Ela sorri, mas seus dentes caninos se destacam em seu sorriso.
— Vai ficar tudo bem, meu homenzinho.
Homenzinho, era assim que minha mãe me chamava.
Os gritos de Haniel me tiram dos pensamentos quando ele começa a gritar e eu ouço seus ossos se quebrando. Ele leva a mão à garganta, tentando puxar ar para os pulmões, se debatendo com força no chão.
— Haniel — sussurrei seu nome.
De repente, ele se cala, seus braços repousam no chão, e eu o chamo, mas não recebo resposta. Olho assustado para a mulher, que se agacha e toca meu rosto.
— Seja forte, meu homenzinho. Eu estarei aqui quando você acordar. Apenas lute, por favor, lute e não desista.
