Ameerah é uma princesa do país de San Par e única herdeira da família D'Auvergne. Órfã de mãe, ela se preparou desde criança para se tornar a rainha dos Quatro Reinos.
Com seu futuro já traçado, ela está prestes a se casar com o príncipe Harry, filh...
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Algum Tempo Mais Tarde
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Carmilla adentrou o meu aposento com uma expressão de grande euforia. No entanto, antes que ela diga qualquer coisa, papai apareceu e eu olhei para ele.
— Papai — digo.
— Nos deixe sozinhos, Carmilla — ele olha para ela, que faz reverência.
— Sim, Majestade.
Ela não me olha e sai fechando a porta atrás dela.
— O que foi aquilo Ameerah?
— Não entendi, papai.
— Não ouse me tratar como um bobo — ele aumenta a sua voz. — Como se atreveu a dizer na frente do Rei Magnus e do filho dele que não pode se casar?
— Papai.
— Olha, Ameerah, eu não vou admitir essa sua travessura…
— Travessura? — o interrompi. — Estamos falando de um casamento arranjado pelo meu próprio pai com alguém que esperou por mim por dezesseis anos.
— Sei que parece horrível e assustador pensar que sua vida já está totalmente feita, mas é esse o dever de um rei.
— É injusto — digo. — É muito injusto papai porque eu não amo…
— Não existe amor Ameerah — gritou.
Papai nunca falou assim comigo antes.
— O amor não existe, eu já te disse isso, pare de sonhar com coisas insignificantes que não vão servir para absolutamente nada. Seja a princesa e a futura rainha que o seu reino precisa porque ninguém aqui precisa de uma rainha sonhadora com idealismos ao amor.
Sinto meu rosto molhar.
— O amor não é nada, ele não significa nada, ninguém se casou aqui porque amavam um ao outro, todos tiveram um casamento arranjado pelos pais.
— Se o amor não existe, então o que o senhor sentia pela minha mãe?
Pergunto e isso faz com que ele fique em silêncio enquanto seu rosto toma uma feição que não sei decifrar.
— Me responda papai, se o amor não é real, então o que sentia pela minha mãe? A mulher a qual foi a sua rainha, que esteve ao seu lado, que governou aqui, que se sentava em seu trono bem ao lado do seu e que dormia e acordava todos os dias ao seu lado.
Grito.
— Se o amor não existe, como está me dizendo então o que sentia por ela?
— Sua mãe…
Papai hesitou. Porque ele hesitaria em falar o quê sentia por ela?
