Ameerah é uma princesa do país de San Par e única herdeira da família D'Auvergne. Órfã de mãe, ela se preparou desde criança para se tornar a rainha dos Quatro Reinos.
Com seu futuro já traçado, ela está prestes a se casar com o príncipe Harry, filh...
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Foi na primavera do ano de 1680 que ela e eu nos encontramos pela primeira vez. Entre uma multidão de guerreiros treinando para uma batalha iminente contra os mais temíveis saqueadores e assassinos - os bárbaros - nos achamos.
Me lembro de olhar em volta e ser o único a realmente estar feliz por ir em direção à guerra e encarar a morte frente a frente.
Mas em meio aos outros soldados fui o escolhido dela. Ela olhou para mim e sorriu, lembro daqueles olhos, mesmo depois de tantos anos que se passaram ainda posso vê-la sorrindo vindo na minha direção.
Vindo para mim.
Me apaixonei assim que vi seus olhos, seu sorriso tão encantador e doce pairando sobre os olhos de um fugitivo.
Aquele homem buscava com todas as suas forças ser encontrado pela morte. O jovem perdido e atormentado procurando a sua salvação em um campo onde encontraria apenas desgraça e sofrimento.
Ainda me lembro de quando os soldados apareceram na porta da minha casa em busca de um guerreiro.
Lá estava eu indo no lugar do meu irmão mais velho, mas não para buscar a vitória para o rei, apenas queria que ela me encontrasse, já que eu era covarde o suficiente para não forçar a minha ida até ela.
A morte.
Foi por ela. Pela morte eu menti, eu me tornei um guerreiro e fui para a batalha e ao contrário dos outros soldados que esperavam ansiosos para voltarem vivos, eu não desejava em nenhum momento retornar da minha partida.
Esperava que no meio do campo de batalha fosse golpeado pela espada do meu inimigo e diferente dos outros que iriam vê no fim do túnel com os pensamentos daqueles que deixou para trás, eu não faria isso.
Eu iria agradecer, pois não desejava mais viver.
Não, eu não sabia que encontraria o amor porque eu nunca o busquei. Quando sai da minha casa em direção ao palácio do rei Lucien não pensava em encontrar um amor, pois nada disso passava pela minha cabeça.
Nada me era tão atraente quanto a morte vindo em minha direção e estendendo a sua mão para mim. Me abraçando enquanto meu corpo ia se adaptando ao seu toque frio, gélido.
Talvez eu amasse a morte, talvez eu a amasse e por isso desejava encontrar ela rápido ou era o meu desespero gritando, mas minha covardia me fazia dar passos para trás.
Mas nada me parecia tão certo quanto ser salvo por ela, o nosso encontro foi adiado por tantos anos e eu estava finalmente pronto para vê-la frente a frente.
