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— Eu estou morta! — me joguei na cama, observando a loira rir da cena.

— Mas docinho, ocê tem que praticar mais, pra na hora da peça cê num errar nada — se escorou no batente da porta da sacada enquanto me olhava sorridente.

Durante todas essas semanas, Applejack tem me ajudado com as falas da peça, nós passamos tardes e mais tardes ensaiando as cenas, me fazendo decorar cada letra do texto.

Ela tem sido perfeita, e cada momento e tarde que passamos juntas tem sido mágico...

— Eu sei, mas eu mereço uma pausa, não acha? — dramatizei.

— Claro! — levantou as mãos em rendição.

— Quer beber algo? — aceitou. — Já volto querida — levantei da cama e prossegui até a porta.

Cheguei na cozinha, abri a geladeira e retirei uma jarra de suco, despejei a mesma quantidade do líquido em cada copo e voltei para meu quarto.

— Cheguei! — anunciei, a entregando seu copo.

Ingeri o líquido em segundos, a loira fez o mesmo.

Tava bastante refrescante — comentou, pondo seu copo em cima da mesinha da sacada. — Rarity?

— Sim, Apple — mirei meus olhos em sua direção, curiosa.

— Eu sei que já faz um tempo, mas eu quero saber o que seu quadro quer dizer — apontou com os olhos o quadro que estava pendurado na parede.

— Ah, esse quadro? — vacilei a voz, engoli a seco. — Ele expressa... O sentimento de quando vamos morder uma maçã e dentro está podre — inventei uma desculpa qualquer.

Ela não pode saber o que ele expressa, se ela souber que a maçã de diamante representa o meu medo dela simplesmente não corresponder o meu amor, acho que será o meu fim.

Franzi em preocupação.

— Rarity? Tá tudo bem? — se aproximou, com aflição.

— Claro, está tudo ótimo, por que a pergunta?

Ocê tá com essa expressão há uns três minutos, como se tivesse em algum tipo de transe

— Ilusão sua, querida! — gesticulei com as mãos em sinal de negação.

— Ok... — se afastou.

Não... Não se afaste, fica aqui!

Bufo.

— Querida... — ouço meu celular vibrar. — só um momento! — verifico e vejo que há mensagens de Fleur.

— Alguma mensagem importante? — questionou ao longe.

— Não, apenas Fleur perguntando como estou — termino de responder a mensagem e guardo o aparelho.

— Fleur? Cês tão realmente próximas, né? — ironizou.

— Eu não diria próximas, mas uma boa relação, apenas coisas do clube de teatro — reparei em sua expressão enciumada?

— Entendo, pelo visto o flerte daquele dia não foi o suficiente — mencionou o fatídico dia.

Ela realmente ainda lembra disso? Foi uma interação de menos de um minuto.

— Applejack querida, você está com ciúmes? — levantei, ficando a sua frente, com sorriso vitorioso.

— Claro, tão querendo roubar a minha melhor amiga de mim — cruzou os braços, demonstrando a falsa raiva.

Melhor amiga... é claro, nunca seria diferente, não sei por qual motivo eu criei esperanças de algo.

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