Diamond Pictures

· 𓏲🤍ꜝֶָ֢ ʾʾ𓈒᮫

São nove da noite, a lua estava linda no seu ponto alto, estamos indo para casa, mas dessa vez com uma convidada muito especial.

Sweetie Belle já estava dormindo no banco de trás, seus roncos eram bem audíveis.

— Acho que alguém já dormiu... — comentou Applejack.

— Acho que sim, hoje foi muito cansativo para ela, gastou muita energia pulando e gritando durante toda a apresentação — ri ao lembrar das cenas, mas sem tirar o foco da estrada.

— É, tenho que dizer, ela foi a que mais ficou feliz por cê, ganhou até de mim!

— Vocês estavam competindo?

— Acho que não, quis ficar mais ocupada focando em outra coisa... — seu tom ficou mais grave a medida que falava.

— E que coisa seria essa?

— Prefiro não dizer, mas suponho que seja uma das atrizes...

— Oh, espero que seja eu então — estaciono o carro, o desligando, tiro a chave e encaro sua face. — Chegamos, querida.

Saio do veículo e sigo para a frente da porta, a deixo aberta e volto para o carro, abrindo a porta de trás e cutucando Sweetie Belle, que já estava em seu vigésimo sono.

— Sweetie querida, acorda, já chegamos — mexi em seu rosto, de um lado para o outro.

A mais nova despertou, saiu do automóvel já fechando as portas e seguiu correndo para dentro de casa.

— Acho que alguém vai dormir igual pedra hoje — ri. — Mas vem, não fique parada aí, sinta se em casa!

Cedi passagem para que a loira adentrasse, fechei a porta em seguida, a trancando com a chave.

— As tulipas que te dei... — observou o jarro que estava em cima da prateleira, a centímetros da entrada. — Ocê guardou elas...

— Claro querida, elas são lindas, e fico surpresa de saber que você ainda se lembre que são minhas favoritas — proferi em sussurro, estava envergonhada, e aparentemente Applejack também, pois vi a mesma ter suas bochechas rosadas.

— Nunca esqueceria, Rarity...

— Mas então, vem, não vamos ficar aqui embaixo o resto da noite, você vai dormir comigo — falei sem pensar, o que fez a mais alta paralisar, limpo a garganta e torno a falar. — Oh não, não esse tipo...

— Não teria problema nenhum se fosse o outro também... — assoprou perto do meu rosto.

Oh meu Deus, se concentra Rarity, não fica doida!

Eu posso sentir minhas pernas formigarem, minhas bochechas estão quentes, e meus olhos estão super abertos, esse é o efeito que ela causa em mim.

— Vem, não temos tempo a perder! — puxei Applejack para subir as escadas.

[...]

— Rarity...

— Oi querida — viro meu rosto para a garota a frente, e pude ver a incrível luz lunar refletir em seus olhos, e eles eram perfeitos.

— Ocê e a Fleur andam bem próximas ultimamente, e hoje meio que se beijaram... — pausou a fala, estava arrastada, e retraída, seus grandes ombros estavam para dentro, demonstrando insegurança. — Eu queria saber se cêe tem algum tipo de relacionamento...

Não pude evitar rir, gargalhei, afinal, essa pergunta se torna burra quando sei a verdadeira versão.

— Oh querida... — cessei a risada, recuperando fôlego. — Não se preocupe com Fleur, ela irá embora final desse mês, e eu não a beijei — pude ver que sua expressou mudou, estava serena agora, aliviada. — Mas por que a pergunta? Ficou incomodada? — estreitei os olhos, me aproximando mais de seu corpo, olhando suas íris que poderiam me hipnotizar por horas.

As vezes era absurdo meu tamanho para o de Applejack, seus braços são fortes, e eu poderia dizer que adoro seu abdômen sarado... Ela me deixa louca.

Poderia me carregar por aí sem dificuldade nenhuma.

— Sim — me surpreendeu, mas não perdi a postura.

— Por que? Ciúmes? — deslizei minha mão sobre seu braço, encarei seus lábios e voltei para suas orbes verdes, notei a confirmação por mínimas expressões, seu corpo antes retraído agora estava mais imposto. — Oh meu bem, eu não quero a Fleur...

— Se ocê num quer a Fleur, então quem cê quer? — disse em sussurro, o tom grave de sua voz me fez vibrar.

— Eu quero você Applejack — respondi simples, sem demora, o que nos fez parar por segundos, e encarar apenas o rosto uma da outra.

Em um piscar de olhos Applejack me puxou para mais perto, me deitando na cama, rapidamente ficou por cima, sua mão segurava minha cintura, enquanto a outra meu rosto, era como se seus olhos pudessem me devorar.

— Amor, não faz isso... — puxei fôlego. — Só me beija

Puxei seu rosto para perto, colando finalmente nossos lábios, posso descrever como um sentimento voraz e selvagem, eu precisava disso, e ela também.

Suas mãos apertavam minha cintura e eu puder arfar por aquele toque, sua boca era doce e macia, era perfeita, perfeita para mim.

Mordi seu lábio inferior, respirando próximo a seu rosto, minhas mãos buscavam toque, segurei sua nuca buscando mais contato.

Posso descrever essa cena como o momento da minha vida, beijando a garota dos meus sonhos sob a luz da lua, tendo as estrelas como testemunha.

— Eu não queria parar... — confessou, separando nossas bocas.

— Eu também não... — após perceber o momento em que acabei de ter, minhas bochechas ruborizaram, a mais forte riu da cena. — Não ria de mim...

— É que ocê fica linda assim — segurou meu queixo, depositando um selinho casto. — Acho que deveríamos repetir isso mais vezes...

— Eu também acho... — a mesma saiu de cima de mim, dando o espaço necessário para que eu pudesse me sentar novamente.

— Agora acho que entendo o seu quadro

— Entende?

— Claro, é sobre o medo de um amor não correspondido — arregalei os olhos, ela havia acertado, estava surpresa.

— Você é tão inteligente querida... — virei o rosto para o lado.

— Ei, tá tudo bem docinho?

— Está sim, eu só acho que fui boba em pensar que não corresponderia meus sentimentos, devia ter tomado atitude antes... — confessei em um fôlego só.

— Não tem problema, se sente assim desde quando? — me observava, era como se estivesse fazendo uma análise.

— Primeiro ano do médio... — e então ela percebeu, matou a charada que restava.

— Tudo bem... Não tem problema, deixe o passado no passado, tudo agora é sobre o presente, e eu quero que seja com ocê nele, a gente pode conversar sobre isso outro dia, agora eu só quero aproveitar contigo... — pegou minhas mãos.

— Você é perfeita, Applejack, eu não quero mais ninguém, só você... — a envolvi em meus braços, que por menores que fossem, eram grandes o suficiente para envolver todo seu corpo.

— Eu adoro o seu cheiro — confessou, senti a mesma respirar minha nuca, me fazendo ter calafrios pelo corpo.

— E eu adoro você...

Eu poderia registrar esse momento em fotos de diamante...