· 𓏲🤍ꜝֶָ֢ ʾʾ𓈒᮫

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Posiciono meu arco e direciono a flecha pra onde quero que vá, mas antes que pudesse soltar, ouço um barulho de buzina de carro, tão reconhecível, mas que ainda sim, me assustou.

Soltei a flecha no impulso, acertando-a perto do alvo, mas mais perto ainda das galinhas.

Saio correndo em direção do barulho e encontro o carro de Rarity, eu tinha chamado ela pra nós aproveitar um pouco essa tarde, afinal, não são nem quatro horas.

— Docinho, oi — me achego perto o suficiente da estilista.

— Oi querida, como está? — trancou as portas do automóvel, me abraçando em seguida.

Sentir o cheiro dos fios de Rarity era como se fosse o meu paraíso pessoal, tão bonito, macio, sedoso e cheiroso, definitivamente um êxtase.

muito bem, eu tava praticando um pouco de arco e flecha, quer ver um pouquin? — a mesma concordou, a levei onde eu tava anteriormente. — Bom, quando ocê chegou eu levei um susto, então disparei uma flecha muito ruim — peguei a flecha que estava perto das galinhas. — Quase que temos uma galinha a menos — Rarity riu.

— Perdão pelo susto, não era minha intenção — juntou as mãos, proferindo as palavras com os olhos fechados, demonstrando timidez.

Era tão satisfatório quando ela perdia a postura assim...

Num se preocupe docinho, vou acertar bem no centro e posso te ensinar — encaixo a flecha, a mirando no centro. — Mas só se ocê quiser

— Eu adoraria — sorriu com os olhos, voltei minha atenção lentamente ao alvo e posicionei no círculo vermelho.

Pude sentir os olhos de Rarity sob meus ombros, ansiosa, esperando eu disparar a flecha.

Respirei fundo, me concentrei e limpei minha mente, disparei, dito e feito, lá tava, o alvo perfurado novamente, no seu meio mais certo.

— Incrível Applejack, perfeita! — bateu palmas, enquanto mexia seu corpo de um lado para o outro levemente.

— Agora é a sua vez, vou te ensinar — a puxei pelas mãos. — Ocê vai ficar bem paradinha aqui, segura o arco desse jeito, como eu segurei — a entreguei o objeto e o ajeitei da maneira correta. — Agora vai por a flecha, segurar, e deixar ela reta — ajeitei sua postura, por mais que fosse boa, ainda não tava cem porcento certa — Mira um pouco mais pra cima, docinho — me aproximei de seu corpo, segurando em suas mãos, direcionando a altura do instrumento.

— Desse... jeito? — questionou com leve pesar na voz, como se fizesse esforço pra manter a concentração e respiração no lugar.

— Isso, agora solta — me afastei lentamente.

Rarity disparou, e por mais incrível que pareça, acertou próximo a minha marcação.

— Como fui? — se virou em minha direção, com sorriso orgulhoso.

foi incrível, docinho! — beijei sua testa. — Que tal a gente competir?

— A vencedora ganha o que? — soprou as falas no ar, com os olhos levemente cerrados.

— Se ocê ganhar eu faço o que quiser durante uma semana, mas se eu ganhar ocê faz o que eu quiser — aproximei meu rosto perto do dela, encarando suas orbes azuis.

— Fechado! — piscou o olho direito.

primeiro, princesa — sorri ladino, provocativa.

Rarity direcionou seus olhos para o alvo, estreitou os olhos, puxou a flecha, e soltou.

A flecha seguiu seu percurso, era como se os ventos tivessem tramado junto da estilista, porque aquele lançar a levou direto ao centro.

— Eu sou demais, queridinha — piscou, a encarei perplexa, sou competitiva e isso me deixou embasbacada.

Num é possível isso — pego o arco de suas mãos, ponho a flecha, e lhe dou uma última encarada. — Ocê num vai ganhar!

Tava prestes a soltar a flecha, quando sinto a proximidade do corpo de Rarity perto do meu, como se quisesse me dopar com seu calor.

— Acho que se eu ganhar você vai gostar — soprou ao pé da minha nuca.

Como dito, soltei a flecha de maneira torta ao me sentir paralisada por aquelas palavras ditas tão próximas assim.

A flecha voou tão longe que passou do alvo, isso não foi justo...

— Rarity, isso num foi justo! — me viro para seu corpo, fingindo raiva.

— Claro que foi, você não tinha dito que não podia trapassear — deu de ombros com largo sorriso no rosto.

— Mas isso fica subtendido, Rarity!

— Ai querida, você vai gostar de ter perdido — acariciou meu rosto delicadamente. — Mas agora eu estou com fome

Vamo lá dentro, a vovó fez pudim de chocolate hoje — depositei um beijo em seu ombro direito.

— Eu amo pudim de chocolate! — saiu correndo em direção à casa.

[...]

— Rarity, ocê ainda num me disse o que eu vou ter que fazer já que ganhou — levo uma colherada do pudim de chocolate a boca.

— Vou te alugar por uma semana! — me engasguei com o pudim, Rarity se assustou. — Querida? Você está bem?

Me alugar? Como assim me alugar?

— Como assim me alugar? — me recomponho.

— Ué querida, é simples, vou te alugar! Você vai dormir durante uma semana lá em casa, e vai fazer tudo o que eu quiser que você faça! — sorriu vitoriosa enquanto se deliciava com seu pudim.

Será que ela vai querer....? Não, acho que a Rarity num iria querer fazer esse tipo de coisa... ou iria?

— Applejack? — saio dos meus devaneios.

— Oi, tô aqui! Só tava pensando no que isso vai dar, te conhecendo como conheço já consigo imaginar o que tá querendo...

— Aww querida, não terá nada que você não goste... — se levantou da cama, vindo em minha direção e depositando um beijo na minha testa.

Larguei o prato de pudim em cima da cama e enrolei meus braços no redor da sua cintura, enquanto sentia os dedos da mais nova fazer um gostoso cafuné.

Desse jeito eu vou é dormir aqui....

tão gostoso... — resmunguei contra sua barriga.

— Vai dormir aí, querida? — riu levemente.

— Se ocê cuntinuar desse jeito eu vou é hibernar — sorri com os olhos fechados, mesmo que ela não pudesse ver.

— Mas eu não quero que você durma — parou o carinho bruscamente.

— Ah não Rarity, tava tão bom, continua de novo — olhei pra cima, pois era uma das únicas vezes em que podia a olhar de baixo, levando em consideração nossa altura.

— Só se você me deixar comer seu pudim — segurou meus fios perto da nuca, com certa força, mas sem machucar.

— Era só isso? Pode comer o pudim inteiro então se quiser — ri com o pedido. — Agora volta o cafuné, por favor docinho — Rarity bufou, mas voltou com o carinho.

— Só faço pelo pudim... — riu, nem ela se levou a sério.

— Vou fingir que eu acredito....

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