· 𓏲🤍ꜝֶָ֢ ʾʾ𓈒᮫

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Tô há praticamente dez minutos acordada, o clima tá agradável, as cortinas todas fechadas, apenas relaxando, sentindo o cheiro dos macios cabelos da dama ao meu lado.

— Vai ficar mesmo só respirando o meu cabelo, querida? — arrastou a voz, ainda sonolenta.

— Bom dia docinho — beijei seu ombro exposto, já que tava de costas para mim.

— Bom dia Apple — beijou a costas da minha mão. — Está acordada há quanto tempo?

— Só uns dez minutos

— Por que não me acordou? — se sentou, espreguiçando seu corpo. — Deveria ter me acordado, imagino que deva estar com fome — olhou para o despertador ao lado da cama. — Oh querida, oito e meia já — levantou rapidamente indo em direção ao banheiro, ri da cena.

[...]

— Bom dia mana, bom dia Applejack — desceu uma Sweetie Belle sonolenta e arrastada.

— Bom dia Sweetie querida, dormiu bem? — serviu as panquecas para a mais nova.

— Muito, dormi como uma pedra! — colocou uma garfada na boca.

— Espero que gostem, não sou a melhor cozinheira, mas está belíssimo! — mostrou suas panquecas, que continham algumas frutas e mel.

— Tenho certeza que tão ótimas, docinho — mordi um pedaço. — Eu num disse, tá uma delícia!

— Verdade mana! — terminou sua refeição. — Eu posso sair com a Scootaloo e a Applebloom hoje? A gente quer ir tomar sorvete — dramatizou a voz, pedindo mais doce e os olhos mais gigantes que pôde.

— Claro, só toma cuidado

O restante do café da manhã foi calmo e tranquilo, ajudei Rarity lavando a louça, e agora estamos na sala de estar, assistindo algum filme que não tá prendendo nada da minha atenção.

— Esse filme está chato, chega disso — desligou a tv. — Vem, quero te mostrar uma coisa — seguiu em direção as escadas, apenas fui atrás sem hesitar.

E de repente estávamos no quarto dela novamente.

— O que ocê vai fazer? — encostei no batente da porta.

— Eu vou tocar para você — provocou, pegou seu instrumento, colocou sobre os ombros e me observou. — Eu acho que Meddle About é perfeita...

Me sentei sobre sua cama, ficando mais perto da menor, e então ela começou a dedilhar as teclas, era como mágica.

Rarity era perfeita no que fazia, a melodia que saía do objeto era maravilhosa, e a maneira como movia os dedos, posso dizer que enfeitiçada.

Cada movimento era bem executado, rare sabia como tocar aquele instrumento de olhos fechados.

O sol do meio dia que batia na porta de vidro refletia nos seus olhos, que eram tão bonitos quanto uma noite estrelada, posso admirar ela assim pra sempre.

— Gostou querida? — terminou, soltando a keytar, apenas a deixando pendurada pelo colarinho.

— Tudo o que faz é perfeito — levantei, chegando mais perto do seu corpo, segurei seu rosto, beijando seus lábios do jeito mais delicado possível.

Retirei o objeto de seu corpo, o pondo em cima da cama, voltei para a garota, buscando mais contato puxei sua cintura para perto de mim.

Em busca de fôlego, o beijo foi interrompido.

— Sinto que ficar na ponta dos pés seja cansativo, querida — encarei seus pés, e ver ela de ponta era fofo, me fez rir.

— Eu resolvo isso — puxei suas pernas, enrolando em meu quadril, segurando suas coxas. — Melhor?

— Eu acredito que sim — beijou minha bochecha. — Se eu te dissesse o quanto eu imaginei esse momento, acho que não acreditaria...

— Qual? — tombei a cabeça levemente para o lado.

— Esse, em que você me pega no colo — ri.

Ocê gosta? Perfeito então... — afundo meu rosto em sua nuca, sentindo seu perfume adocicado. — Mas agora eu tô com fome, o que acha de eu cozinhar pro cê?

— Eu adoraria! — soltei suas pernas lentamente, até que a fizesse encostar no chão.

— A última a chegar é uma maçã podre — disparei a correr.

— Isso não vale — vociferou, correndo logo atrás.

Desci as escadas e fiquei a esperando, o que foi engraçado, porque em um momento ela corria e no outro descia os degraus como se tivesse desfilando.

[...]

Termino de preparar a refeição, me viro para o balcão e encontro os olhos safira dos meus sonhos.

— Ai que susto, não faz isso comigo docinho — tiro as luvas térmicas.

— Desculpe querida, eu estava pensando, na gente — apontou entre nossos corpos. — Eu quero viver tudo isso com você... — suspirou, parecia nervosa. — Mas acho que devemos ir devagar, não quero apressar as coisas, eu não tenho pressa, está tudo bem se a gente só viver entre a gente por enquanto?

Com toda essa afobação de sentimentos, não paramos pra conversar a respeito.

Respirei fundo e organizei os pensamentos, que eram tantos que poderiam confundir meu raciocínio.

— Não tem problema, acho que devemos ir com calma, não se preocupe quanto a isso — toquei seus rosto, fazendo um carinho na região. — Por mim tá tudo bem, mas agora vamos almoçar? — sua expressão mudou, ficou mais leve, o que acalmou a mim também.

— Claro, vou arrumar a mesa — se retirou do local e seguiu para longe.

Isso é tão perfeito, deveria ser assim? Talvez nem tudo precise de acontecimentos ruins, talvez só seja pra acontecer.

— Terminei querida, vamos? — voltou, assenti confirmando. — Ótimo

Levamos o almoço e as bebidas para a mesa e finalmente nos sentamos.

— Isso tá aparecendo um tipo de encontro romântico — comentei entre as garfadas, Rarity riu.

— Concordo, então que seja esse o nosso encontro romântico, espero que Sweetie Belle chegue logo, a comida vai esfriar — levou comida até a boca.

— Mana, cheguei! — abriu a porta, assustando a estilista, me fazendo gargalhar.

— Sweetie Belle! — vociferou irritada me vendo rir da situação.

[...]

Rarity tava concentrada na estrada, enquanto uma música baixa tocava na rádio, o clima era agradável, o início de noite era bonito, ver o sol se por era sempre mágico.

— É bom estar assim com ocê — soltei em sussurro.

— Eu devo concordar — parou o carro, havíamos chegado na fazenda. — E agora temo me despedir, eu não queria... — vi um vislumbre de tristeza refletir em seus olhos.

— Eu também não, mas foi um sábado perfeito com a sua companhia — toquei suas mãos, e depositei um beijo casto sobre suas costas. — Espero que a gente possa repetir isso de novo...

— Eu também — me puxou para um beijo. — Boa noite querida, tenha ótimos sonhos!

— Boa noite docinho, cuidado na estrada — abri a porta do veículo e saí, mesmo com relutância o fiz.

Fiquei ali parada durante um tempo até a ver sumir por completo pela estrada, me despedindo com um último adeus.

— Applejack! — gritou Applebloom.

— Oi maninha, vamos entrar? — perguntei, pondo a bolsa que carregava sobre meus ombros.

Eu posso dizer que com certeza vivi um sábado mágico, que espero viver outras vezes mais...

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