· 𓏲🤍ꜝֶָ֢ ʾʾ𓈒᮫

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São quatro da tarde, o céu estava começando a alaranjar, e Applejack havia me convidado para ir ajudar sua família com a produção de cidra de maçã; que por sinal, é uma delícia.

Não entendi o motivo de ir logo nesse horário, mas de qualquer forma, estou atrasada!

— Opalência querida, a mamãe está tão atrasada e eu nem terminei de vestir minhas botas! — exclamei enquanto procurava pelas botas brancas pelo closet.

Ao procurar por mais alguns segundos as acho, minhas lindas botas branca com detalhes em lilás, um toque de azul e cravejadas em diamantes, tão lindas! As ponho em meus pés e mando uma mensagem para Applejack, avisando que já estava indo.

[...]

Chego na fazenda e estaciono o automóvele correndo em direção de Applebloom, a mesma estava junto da loira, apenas esperando minha chegada.

— Docinho, ocê chegou, finalmente — se aproximou, estando perto o suficiente para sentir seu cheiro doce de maçã e o amadeirado da lenha, eu amava aquele perfume.

— Claro que cheguei, querida. Achou que eu iria furar com você? Seria muito deselegante — respondi com um sorriso ladino. — Vejo que vocês já estão fazendo a produção da cidra, o cheiro doce da maçã não sai de você... — me achegou perto de seu pescoço e respiro o ar dali, quente, doce e marcante. — Você cheira tão bem...

A fazendeira sorriu com aquilo, segurando levemente meu quadril, pondo pressão com a palma.

— Se ocê continuar me cheirando vou ter que te por pra fazer outra coisa... — sussurrou perto da minha orelha, sendo o suficiente para que pudesse fazer meu corpo estremecer. — Mas chega de papo furado, veio me ajudar, e é isso o que ocê vai fazer! — soltou meu corpo e pegou em minha mão.

Até ali havia sido uma viagem de meia hora, a fazenda ficava relativamente longe da cidade, e a cada segundo a noite se aproximava.

A vestimenta de Applejack não era uma calça jeans de costume, mas sim o macacão jeans de lavagem clara, usava uma camisa de abotoar xadrez vermelha, suas botas marrons, o chapéu de sempre, e o cinto que eu havia a dado, com aquela fivela de maçã reluzente...

Ela é um pedaço de mau de caminho...

— Amor, pra onde estamos indo? — questionei, havíamos passado pelo celeiro e não paramos ali, sem contar que eu já não estava mais reconhecendo o caminho.

Num se preocupe, ocê vai saber daqui a pouco, só segura a minha mão — soou misteriosa, intrigando minha curiosidade e atiçando meu cérebro a funcionar mais que o normal, apenas segurei firmemente em sua mão e seguimos os passos.

Eram árvores de macieira para todo lado, e árvores lindas, recheadas do fruto vermelho e verde, com o sol ainda presente, deixava aquele cenário mais bonito.

— Agora eu preciso que feche os olhos — assenti desconfiada, mas fechei os olhos, apertei bem em suas mãos, pois ela que me guiaria. — Calma docinho, não precisa ficar nervosa — beijou delicadamente o dorso de minha mão, sorri levemente ao sentir aquele toque quente e macio em minha pele.

Caminhando por mais alguns minutos, sinto o corpo de Applejack parando.

— Chegamos — avisou, respirando aliviada.

— Já posso ver?

— Pode

Assim que abri os olhos, encontro um lugar lindo, era uma linda clareira, tinha; uma toalha forrada no chão, algumas comidas, uma cesta de palha, bebidas, alguns lampiões, seu violão, flores, e um lindo buquê...

— Tulipas roxas... — olhei a mais alta, sorrindo largamente. — São as minhas flores favoritas...

— Eu sei, gostou?

— Se eu gostei? — confirmou. — Eu adorei! — envolvo seu corpo ao redor de meus braços, pondo o máximo de força possível.

— Ótimo, vamo sentar então — me puxou delicadamente, me guiando em direção à toalha.

Nos sentamos, e por mais que ali fosse cheio de verde, não haviam insetos incômodos.

— Isso é pro cê — me entregou o buquê de tulipas. — Espero que goste, diretamente do jardim da vovó Smith — sorriu.

— É lindo, Applejack — segurei, observando cada detalhe, o embrulho do papel craft, as fitas roxas, era tudo lindo e tão delicado. — Esse é o buquê mais lindo que eu já vi, obrigada, querida — beijei sua bochecha.

— Fico feliz que tenha gostado, fiz um monte de coisas pra gente comer, por onde quer começar? — observei, tinham; bolos, tortas, frutas, tortas, empadinhas, sanduíches e muito mais.

Applejack era uma cozinheira de mão cheia.

— Acho que querer um pedaço de bolo — sorri, soltando o buquê, deixando-o do meu lado.

A loira abriu o tampo transparente, me entregando um pedaço do bolo de chocolate, que era tão cheiroso que era possível de sentir seu gosto apenas pelo aroma.

Applejack fez o mesmo, fomos comendo um pouco, bebendo...

Tudo na minha ordem, se eu escolhia uma torta, ela pegava uma torta, se eu comida um sanduíche, ela comia um sanduíche, achei extremamente fofo.

— Essa cidra de maçã está maravilhosa — virei o último gole do meu copo, estava tão geladinha.

— É da nossa safra mais recente, especial em pro cê — acariciou minhas pernas expostas. — Rarity...

— Diga, Applejack — vidrei meus olhos nos dela, percebendo seu nervosimo que existia, mas que tentava não deixar aparente.

— Eu acho que já tá na hora... — de dentro da cesta, tirou uma caixinha de veludo vermelha.

Ai meu Deus, tá acontecendo? Isso realmente tá acontecendo? Calma rarity, respira!

— Eu sinto que já passamos tempo demais separadas, e viver com ocê nesses meses, durante esses dias, me fez perceber que eu num quero deixar isso escondido, quero que seja tão palpável quanto concreto, docinho... — abriu a caixinha, dando visão a um lindo par de alianças douradas, tão reluzentes e lindas. — Com essas alianças, confeccionadas e pensadas, especialmente no amor que sinto por , é com elas que venho te pedir algo especial...

Os olhos verdes tão hipnotizantes, estavam com um brilho tão indescritível, talvez até tátil, palatável, cheios de lágrimas que ainda não caíram, mas que no momento que encostassem em seus lábios, sentiria o gosto salgado.

— Rarity, ocê daria a honra de fazer dessa fazendeira loira, sua namorada?

— Sim! — gritei, sentindo as lágrimas escorrerem pela minha bochecha. — me joguei em cima do corpo da garota, derrubando-a em cima da toalha, fazendo seu chapéu cair para trás na grama. — Sim! — Applejack riu, roubei seus lábios em um beijo desesperado.

— Calma docinho, calma — separou nossos lábios, levantando nossos corpos, nos fazendo sentar novamente.

— Desculpa, é a emoção — sorri envergonhada.

Num tem problema — pegou uma das alianças e enfiou em meu dedo anelar direito, ao observar bem, era possível notar nossas iniciais gravadas na parte de dentro.

— Amor, elas são lindas... — coloquei a outra aliança na mão direita da mesma.

— Fico feliz que tenha, eu mesma que fiz — sorriu orgulhosa, pondo o seu chapéu novamente na cabeça.

— Foi você quem fez? — confirmou. — Você é perfeita! — beijei seus lábios delicadamente.

Era lindo ver como a luz do pôr do sol era projetada nos anéis, reluziam tão fortes que era capaz de ver à quilômetros de distância, certamente eu não teria problemas com isso...

— Eu te amo, Applejack — segurei seu rosto suavemente.

— Eu também te amo, Rarity — acariciou minhas costas.

Afundei meu rosto em sua nuca, abraçando inteiramente seu corpo, buscando o conforto que seu ser me oferecia, certamente eu poderia registrar esse momento em fotos de diamante.

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