capítulo 2

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Sometimes it lasts in love


Point of view Antônia| 31 de junho 2015| 19:35 P.M | São Paulo - Brasil

Estava sentada em minha cama, com o notebook em meu colo, tinha recusado o jantar, não aguentaria olhar pra cara daquele infeliz como se nada estivesse acontecido.

Então aqui estava eu, tentando a maid de meia hora escrevendo um E - mail decente para a família que iria me receber durante um ano.

No formulário que recebi, havia poucas informações, mas o suficiente pra saber um pouco sobre eles, não havia foto, mas a família Nunes, era composta por quatro membros, os pais Clara e Roberto, e as duas filhas, Gabriela que era um ano mais velha que eu, tendo 18 anos, e a mais nova Maria Eduarda, um ano mais nova que eu, tendo 16 anos.

Haviam mais algumas coisas, como a profissão de cada um, o que gostavam de fazer, o que eu estranhei é que não falaram muito sobre a filha mais velha, a tal Gabriela, mas deixei pra lá.

Continha em um pequeno papel, algumas regras, nas quais não achei nada muito estranho, eram coisas como, " Ao sair, avise", "Não toleramos brigas." e a mais esquisita era "Não se envolver com os hosts brothers"

Quem em sã consciência, vai para um intercâmbio e se envolve com alguém da família que vai lhe abrigar, é pura idiotice, afinal você tem apenas seis meses ou um ano ali. Quando for embora como vai ficar? Além de ser proibido esse envolvimento, correndo o risco de acabarem transferindo você de família ou cortando o intercâmbio, até porque você está ali pra estudar.

No meu caso iria estudar e me ver livre de um babaca que vivia sobre o mesmo teto que eu, quem sabe não consiga cursar a faculdade lá também, vou fazer de tudo para conseguir uma bolsa, arrumaria um emprego, e ficaria por lá mesmo, assim não sofreria mais dentro dessa casa, se minha mãe quisesse ficar comigo, teria que deixar esse traste e ir pra lá comigo, era o que eu podia fazer.

Não poderia ficar num lugar que me sufoca, que me dar medo.

Pensando nisso, consegui escrever o e- mail de maneira rápida, então revisei o que havia escrito, e enviei, quando ouço baterem em minha porta.

- Não seja ele, não seja ele

- Filha, trouxe um lanche pra você - Fala minha mãe do outro lado.

Respiro aliviada coloco o notebook em cima da cama e levanto para abya porta, dando espaço para ela entrar.

- Por que você sempre tranca a sua porta? - Indaga ela

Para que o babaca do seu marido não se aproveite de mim enquanto estiver dormindo, ou até mesmo acordada.

- Privacidade - Minto. Lógico que não falaria a verdade, a não ser que eu quisesse morrer.

- Você está estranha Antônia, aconteceu algo? De manhã você passou por mim sem falar nada. - Diz sentando na cama e colocando a bandeja ao seu lado.

- Não é nada, eu estou bem. Só estava atrasada, preciso falar com a senhora - Digo olhando para porta, sempre que minha mãe ia falar comigo, Marcus ficava estudando do outro lado, com toda certeza me espiando pra saber se eu contava algo para lhe entregar, ele acha que eu não sei disso.

Como percebi que não tinha sombra do outro lado, entregando a presente dele, resolvi continua.

- Pode falar filha _ diz ela, e me sento em frente a ela.

- Onde está Marcus? - Pergunto apenas pra ter certeza que ele não apareceria do nada, não queria que ele ferrasse com meus planos.

- Foi ao mercado - diz

My host sister - Intersexual Onde histórias criam vida. Descubra agora