capítulo 9

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Boa noite amigxs. Como vcs estão?
Esse capítulo era para ontem, porém eu cheguei de viagem era onze horas da noite e eu cheguei cansada e com muito sono.

Espero que gostem. Beijos!







Point of view Gabriela Nunes | 23 de agosto de 2015 | segunda-feira | 07:30 A.M. | Valência, Espanha.

Como não consegui dormir, às seis da manhã eu já estava pronta para ir à escola, se eu estava nervosa? Sim, talvez um pouco.

Mas após passar a madrugada inteira pensando, eu não me deixaria abater por ninguém. Eu voltaria a ser mais fria, mais grossa do que eu já fingia ser, apenas para me manter segura.

Eu não me importaria com mais ninguém, seria apenas a Gabriela que não tinha sentimentos, era o melhor a se fazer. Posso estar agindo precipitadamente, mas o que vivi há um ano, não quero que se repita.

Agora eu precisava me livrar da May.

- May? - Chamo e nada.

- May, levanta! - Digo balançando seu corpo.

- Me deixa dormir, Gabriela! - resmunga.

- Levante, vista suas roupas e vaza! - Digo, definitivamente eu não estava com paciência hoje.

- Que bicho te mordeu? - Indaga, sentando-se na cama.

- Nenhum. Só quero você fora daqui! - Digo.

- Idiota, não acredito que vai fazer essa porra de novo. Para que me tratar com grosseria? Eu te conheço, sou sua amiga! - Diz, vestindo suas roupas.

- Não me importo. - Falo dando de ombros.

- Depois, não venha correr para meus braços para desabafar. Cansei desses seus momentos de bipolaridade. - Diz, pegando sua bolsa.

- Primeiramente, que eu nunca corri para os braços de ninguém, você que corre para minha cama. Agora vaza que estou sem paciência! - digo.

- Vai à merda, Gabriela! - Grita, saindo do quarto e batendo a porta, ainda por cima, bateu a porta do andar de baixo.

Devo ter pegado um pouco pesado.

Foda-se, depois ela voltaria a falar comigo mesmo, era sempre assim.

Peguei minha mochila, meu celular e desci. Eu até poderia fazer algo para comer, mas o café da Dona Rosa era bem melhor e ainda economizava tempo, além de que esqueci de abastecer a geladeira.

Passei pela área da piscina e entrei na casa principal. Rosa estava terminando de colocar calda de chocolate no bolo.

- Bom dia! - Digo, dando um beijo em sua bochecha.

Uma coisa que aprendi em todo esse tempo convivendo com ela, não desconte ou a trate mal, pois no final quem sairá é você. Quando ela decide dar uma lição, você passa o dia refletindo sobre suas ações.

- Bom dia, menina. O que aconteceu com sua amiga? Ela saiu daqui com muita raiva - diz.

- Não foi nada. Bobagem dela. - Digo.

- Gabriela, eu conheço você com a palma da minha mão. Não desconte suas frustrações ou medos em cima de outras pessoas, principalmente em suas amigas! - Fala olhando em meus olhos.

- Eu não fiz nada. - Me defendo.

- Ah, você fez. Ela não sairia assim se não fizesse nada. O que te aflige, minha menina? - Indaga.

- Muitas coisas, mas eu não quero falar sobre isso! - Falo. Eu já tinha decidido o que fazer e não mudaria de ideia.

- Tudo bem, mas se quiser conversar, estarei aqui, só não trate as pessoas de maneira que você não gostaria de ser tratada. Agora leve esse bolo para a sala de jantar, sua irmã já está lá. - fala.

My host sister - Intersexual Onde histórias criam vida. Descubra agora